Crítica: O Esquadrão Suicida – Um Acerto em Cheio da DC!

Esquadrão Suicida já está em cartaz nos cinemas do Brasil

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O Esquadrão Suicida
O Esquadrão Suicida
Loja Universo Noobz
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Filme: O Esquadrão Suicida
Direção: James Gunn
Crítica Noobz: Ataliba (@AtalibaNoobz)

A DC começou muito mal seu universo compartilhado, iniciado com o Homem de Aço (2013) e desde então vem entre erros e acertos tentando construir algo que a Marvel já fez com maestria. Eis que, por ironia do destino, o diretor James Gunn, um dos grandes trunfos da Marvel, foi despedido por conta de uma polêmica causada no twitter. Sem perder tempo, a DC correu atrás de Gunn e lhe contratou para resgatar uma franquia com muito potencial, mas que começou muito mal nos cinemas que foi Esquadrão Suicida. Como o, até então, ex-Marvel, tinha experiência em trabalhar com filmes de equipes, já que esteve a frente do projeto Guardiões da Galáxia, causou-se uma boa expectativa, mas a pergunta é: Gunn conseguiu trazer sua visão, já consagrada na Marvel para a DC? Vale lembrar que ele já foi recontratado pela Marvel e estará a frente de Guardiões da Galáxia volume 3.

A Marca de Gunn

O Esquadrão Suicida já começa com um acerto muito grande, onde com apenas pouquíssimos diálogos, muito bem colocados ele já estabelece o que é e onde está. Dessa forma, ele reconhece que o filme anterior aconteceu, mas na prática não influencia em absolutamente nada a nova aventura, bem como eles estão inseridos no Universo Compartilhado da DC e isso sem ficar enchendo o espectador de explicações e cenas desconexas. Nada disso, ele é curto, grosso, elegante e muito inteligente.

O Esquadrão Suicida critica

Partindo desse ponto temos uma enxurrada de personagens sendo apresentados de forma tão natural dentro da progressão da história, que torna o longa dinâmico e divertido, onde as piadas aparecem de maneira natural, muito bem encaixadas, diferente de diversos filmes, onde o humor atrapalha a imersão por estar fora do tempo, como Doutor Estanho (Marvel) e Venom (Sony). Esse ‘time’ de Gunn já havia nos apresentados nos dois Guardiões da Galáxia e mais uma vez mostra que sabe mesclar ação, narrativa e humor com maestria sem forçar a barra.

O excesso de personagens que é um transtorno para vários diretores nas mãos de Gunn se tornam uma vantagem. Desde aqueles que tem poucas participações até os que ganham mais tempo de tela, todos cumprem seu papel no longa e na progressão narrativa. Ninguém fica perdido, todos tem um propósito e brilham, cada um em seu momento. O que mais me cativa nessa construção é como cada personagens ganha camadas dentro da história principal sem a necessidade daquelas paradas gigantes e cansativas de flashback, que tiram toda a tensão da trama principal.

Outro ponto que vale citar são as músicas, que se fazem fortemente presentes em O Esquadrão Suicida e inevitavelmente nos fazem lembrar, novamente, de Guardiões da Galáxia. Aqui, ao contrário de Guardiões, a trilha não ajuda na construção da história de forma ativa, mas ela é bem acentuada em momentos de transição e de ação como se o diretor estivesse deixando sua assinatura.

Dinâmico, Direto, Violento e Divertido

Devo confessar que minhas impressões positivas do filme podem ter vindo das minhas expectativas absurdamente baixas, uma vez que nos últimos anos a DC tem me decepcionado bastante, ainda mais quando apresenta um novo projeto que faz parte de seu universo compartilhado. Então, ao ver o longa dinâmico do inicio ao fim, sem parar para dar muitas explicações e em meio a tudo isso conseguindo lhe fazer se conectar com os personagens, tive uma excelente experiência. Não vou nem perder tempo falando de cada um dos atores, pois, para mim, todos brilham em seu momento e entregam o melhor de cada personagem. Um show do elenco protagonista.

O Esquadrão Suicida review
O Esquadrão Suicida review

Junto a toda essa experiência fiquei surpreendido com tamanha violência do inicio ao fim. Não sou lá tão fã de excesso de violência gratuita, mas como é algo que não estamos habituados em filmes desse gênero, acredito que valha a experiência. E acredite, quando o diretor teve carta branca para fazer um filme maior de 18, ele fez valer esse atributo.

Um bom rumo para a DC nos cinemas

O Esquadrão Suicida é direto, bem construído, com personagens muito carismáticos, violência ao melhor estilo dos cinemas e uma experiência divertida e agradável, com diversos pontos de virada de cair o queixo. Torci o nariz para um retorno dessa franquia cinematográfica e tenho que dar o braço a torcer, o filme é excelente. Quem sabe a partir daqui a DC não o use como referência para guiar seu universo compartilhado e não me refiro a violência, mas a uma história que lhe envolve e sabe como apresentar e utilizar seus personagens, dando a cada um seu momento de brilhar de forma natural dentro da construção principal da narrativa. Até me pergunto, pode não ser o estilo dele, mas como Gunn trabalha tão bem tantos personagens, será que ele seria capaz de salvar a Liga da Justiça em uma potencial segunda edição?

Dica: Existe uma cena pós-créditos.

Trailer

Nota: 9.0

O Esquadrão Suicida
9 / 10 Reviewer
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Sinopse
O governo envia os supervilões mais perigosos do mundo para a remota ilha de Corto Maltese, repleta de inimigos. Armados com armas de alta tecnologia, eles viajam pela selva perigosa em uma missão de busca e destruição com o Coronel Rick Flag.
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