Game: The Signifier Director’s Cut
Desenvolvedora: Playmestudio
Distribuído por: Raw Fury
Plataforma Utilizada: PC
Plataformas: Futuramente no PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox Series X|S e Xbox One.
Noobzview: Ataliba (@AtalibaNoobz)
A Raw Fury lançou em abril, desse ano de 2021, The Signifier: Director’s Cut, a versão definitiva do premiado jogo da desenvolvedora Playmestudio, que acrescenta mais história, recursos e melhora de desempenho com relação ao título original, mas será que valeu a pena esse upgrade?
O que é The Signifier?
O game conta que houve um misterioso crime e você precisa juntar as peças para tentar descobrir o que aconteceu de fato. Para isso, você fará uso de uma tecnologia futurista que pode reconstruir memórias e assim auxiliar no encaixe das peças para desvendar a verdade sobre o que realmente aconteceu. O problema é que nem todas as memórias estão claras, o que provoca imagens distorcidas e incompletas.
Neste contexto, você assume o papel Russel e começa a exploração de ambientes em visão de primeira pessoa. Se você já está acostumado com títulos desse gênero de investigação e suspense, sabe que seu ritmo costuma ser lento e cheio de puzzles, bom com The Signifier: Director’s Cut não é diferente. Portanto, se esse não é seu estilo, dificilmente gostará de The Signifier, pois esse é o tipo de jogo que costuma ser oito ou oitenta. Ou você gosta muito e se envolve ou não tem paciência e não conseguirá passar mais de meia hora juntando as peças que lhe levarão adiante.
Essa jornada pelas memórias alheias se tornam um prato cheio para a exploração visual e sonora do game. Aliás, os títulos que a Raw Fury costuma lançar sempre tem uma parte sonora digna de aplausos. A dublagem, trilha e efeitos sonoros de The Signifier: Director’s Cut são um verdadeiro espetáculo e parte crucial da narrativa e da experiência, que compõe com os visuais e a história com maestria.
Já no visual a Playmestudio usa e abusa da criatividade a ponto de muitas vezes tornar tudo muito louco lhe colocando em ambientes que flertam com o terror, tamanha a imersão construída e o medo do que pode acontecer a seguir. O surreal acontece em vários momentos da história, incluindo nos sonhos de Russel, que por vezes podemos acompanhar.
Quando comecei a jogar e vi o tanto de efeitos visuais e partículas que o jogo tinha fiquei preocupado com relação ao desempenho do meu notebook i5-5200U com 8 GB de RAM, mas tudo rodou perfeitamente, no entanto, as telas de loading eram extremamente demoradas e por diversas vezes me fez desfocar do jogo para fazer outras coisas, enquanto aguardava, prejudicando minha experiência.
Uma história extremamente bem construída
Muitos poderão não gostar do ritmo lento e investigativo ou do visual que por vezes é próximo do real, outrora, beirando o abstrato, mas uma coisa é fato, a história é construída com maestria. Se o game te fisgou, a história lhe levará ainda mais a fundo e o mais bacana é que em todas as interações e escolhas você poderá influenciar nos eventos que virão a seguir, se tornando sempre uma surpresa o final que poderá encontrar. Ah, vale lembrar, que não é de hoje que a Raw Fury tem dado uma atenção mais do que especial para o Brasil, por isso, The Signifier: Director’s Cut chega legendado e você não terá problema nenhum para entender a história.
Entre no universo de The Signifier
The Signifier: Director’s Cut é um jogo de exploração e puzzles em primeira pessoa, lento, onde a construção dos cenários e todos os elementos sonoros se misturam com uma história instigante que lhe levará a uma imersão que poucos títulos sãos capazes de proporcionar. A experiência é curta, é verdade, mas creio que a proposta é tão complexa e bem feita que se fosse muito mais longa poderia flertar com o cansativo.
Se você é fãs de jogos de investigação, que exploram o inexplorado, The Signifier: Director’s Cut é uma escolha certeira para colocar o fone de ouvidos e entrar de cabeça nos mistérios da psique humana.
Trailer
Nota: 7.0
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