Game: Far Cry 3
Desenvolvedora: Ubisoft Montreal
Distribuído por: Ubisoft
Plataforma Utilizada: Playstation 3
Também para: PC e Xbox 360
Noobzview: Ariel (@Arielsis)
———————————————————————
Valeu à pena: Tudo!
Não valeu a pena: Tentar caçar leopardos com pouco tempo de jogo. Morte certa…
———————————————————————
O primeiro Far Cry foi lançado em 2004 para PC, pois os consoles da época não conseguiam rodar o game, de tão
bonito e pesado que ele era.
O primeiro Far Cry é um jogo de tiro em primeira pessoa (FPS) como tantos outros FPS de PC e foi criado pela Crytek, conhecida pela série Cysis, que tirando alguns detalhes e a roupa do protagonista é praticamente um sucessor de Far Cry. A semelhança é tamanha que o primeiro Far Cry se passa em uma ilha com muita selva, praias e ênfase nas questões gráficas da folhagem e da água e Crysis seguiu a mesma linha. Mas justamente com todo o sucesso obtido por Far Cry a Crytek acabou abandonando a Ubisoft para fazer uma aliança junto a EA Games que se tornara sua publisher. Mas o tempo passou e como ficou Far Cry?
Com a saída da Crytek a Ubisoft continuou com os direitos da franquia Far Cry, mas a partir daquele momento teria que fazer algo a mais para conseguir chamar a atenção dos gamers que já haviam jogado Crysis (ok, nem todos, Apenas aqueles que possuiam computadores da NASA, pois o game era muito pesado). Assim, no dia 21 de Outubro de 2008 o jogo Far Cry 2 foi lançado sob ares de desconfiança, já que a Crytek não tinha nada a ver com o projeto e 4 anos haviam se passado desde o inicio da franquia.
Far Cry 2 tornou-se um game do tipo “ame ou odeie”. Tudo isso porque o game trazia uma ilha gigantesca e um
conceito de mundo aberto em primeira pessoa, onde o jogador poderia utilizar veículos para explorar o cenário, mas
a repetitividade das tarefas e a distância de um ponto a outro no mapa, faziam o game ficar bastante enjoativo.
Na questão técnica o game era um primor, pois mesmo com tantos quilômetros de cenários, os gráficos eram
praticamente perfeitos, principalmente se jogado no PC. No final das contas, uma coisa era certa: Far Cry estava
de volta, e mesmo com os problemas apresentados, Far Cry 2 vendeu, em apenas 3 semanas, mais de 1 milhão de
cópias. Uma sequência, como sempre, era inevitável.
Chegamos a 2012, mais precisamente ao dia 4 de dezembro, e após muito hype, Far Cry 3 chegava as lojas,
esgotando no Brasil nas primeiras 3 semanas (vendeu 50 mil cópias por aqui) e em Janeiro deste ano de 2013,
a Ubisoft anunciou que o game já havia vendido 3,36 milhões de cópias em todo o mundo. Veremos os motivos
abaixo.
Assim como o primeiro Far Cry e a série Crysis, Far Cry 3 também usa a parte técnica a seu favor. O game começa
em um cenário bastante escuro, e aos poucos você percebe que os detalhes foram tratados com muito cuidado.
Pouco tempo depois que o game realmente começa, e o sol “nasce” dentro do game, o cenário se apresenta
absurdamente lindo, com cachoeiras, florestas, e principalmente a fauna do ambiente, onde é possível reconhecer
animais a distância e com um nível de detalhes excelente e movimentação muito realista. Tudo é muito crível e
cria um ambiente totalmente diferente do que estamos acostumados a ver nos games, até porque, para evoluir o
personagem e conseguir carregar mais dinheiro, mais armas, mais granadas, ou qualquer item, é necessário caçar
os animais corretos, na quantidade correta, arrancar suas peles e utilizá-las para criar novas bolsas, ou uma nova
carteira por exemplo. E estes animais vivem em locais específicos, dependendo do ambiente, da proximidade
com o mar, da altura em relação ao mar e tantos outros fatores, que contribuem ou não para que você encontre determinado animal. Para se ter uma ideia do quanto este fator da fauna contribui para a ambientação do game,
imagine-se em uma mata, andando sorrateiramente, visualizando onde seus inimigos estão através de um binóculo,
como um acampamento pirata. Você se sente o caçador, chegando cada vez mais perto de sua presa e preparando
seu primeiro tiro de sniper naquele pirata mais bobo que parou perto de um matinho pra tirar água do joelho,
quando de repente ouve um rugido que você ainda não havia percebido que existia no game, olha pra trás, para o
lado e para outro e é pego de surpresa por um leopardo, e de caçador, você se tornou a caça, e vê a tela de game
over… Acredite, esta sensação de perigo constante não tem preço, e é muito divertido!
Assim como em Far Cry 2, o mapa é enorme, e é possível adquirir novos caminhos desativando torres de
comunicação inimigas, a fim de saber em que local o inimigo está concentrado e assim atacá-lo e tomar o local.
Existem outras tarefas, como eliminar chefes piratas e gangsters, ou caçar animais raros. Estas tarefas podem
realmente ficar irritantes, pois são parecidas demais umas com as outras, mas ao menos as missões de caça lhe trarão benefícios
durante o game, pois animais raros trazem peles raras. Mas, como o game é de mundo aberto, ao menos podemos
escolher quando fazer estas tarefas, caso contrário é só seguir a história do jogo. E seguir esta história, quer dizer
deslocar-se pelo mapa inteiro do game, e aqui temos uma evolução no sistema encontrado em Far Cry 2, onde era
necessário andar quilômetros e quilômetros a fim de se chegar em determinado evento, o que novamente, tornava
o game maçante. Já em Far Cry 3, o jogador dispõe de um serviço chamado “Fast Travel”, que aparece em todos os
locais conquistados, bastando abrir o mapa, escolher o local, apertar o botão de ação e pronto, o game te leva pra lá,
fazendo o jogo ganhar um dinamismo importantíssimo, e deveria ser implementado em todos os games de mundo
aberto, sem exceção.
Tratando do som, as músicas são espetaculares, o som ambiente, das armas, dos animais e veículos praticamente
perfeitos. Mas em um ponto Far Cry 3 se destaca de maneira brilhante, nas dublagens. Desde o vilão Vaas que
talvez seja o mais espetacular de todos, até Jason Brody, que é o personagem central do game. Todos muito bem
representados, e conseguem passar a emoção necessária para cada momento.
A história desse game é uma viagem!
E o que dizer de Jason Brody. Existe aquela história de que heróis não nascem heróis. É a situação que faz o herói.
Jason Brody é mais um grande exemplo disso. Jason é praticamente um “filhinho de papai”, um daqueles playboys
que querem apenas farra, bebida, drogas e aventuras. Em uma destas aventuras, junto com seus 2 irmãos, Grant (o
mais velho) e Riley (o mais novo), além de sua namorada e mais alguns amigos, em um salto de paraquedas, todos
eles são capturados por piratas desta ilha, que vendem escravos para toda a parte do mundo. O chefe destes piratas,
chama-se Vaas, e ele demonstra ser inteligente e maluco, logo na primeira cena do game (e como mencionado, a
dublagem aumenta muito esta sensação). Vaas aterroriza os dois e diz que logo ambos estarão mortos ou servindo
de “menininha” pra algum pirata da região. Grant já fez parte do exercito americano, e consegue se soltar e também
libertar Jason, ambos então, tentam escapar do acampamento pirata. Os absurdos que ambos presenciam durante
o trajeto são tantos, que demonstra que as pessoas dali realmente não são normais, ou ao menos não estão nem aí
pra nada, a não ser o dinheiro. Esta é apenas a primeira cena do game, que deve render uns 7 minutos de gameplay,
que ao seu final, revela que Jason pode ser um predestinado, alguém capaz de mudar a situação da região, virando
um guerreiro Rakyat, o povo que habita uma região da ilha e sofre muita represália por parte dos piratas de
Vaas. Sem muitas opções e com a responsabilidade de salvar seus amigos e irmãos, Jason segue seu destino.
Poucas vezes foi visto em algum game, uma evolução tão grande em um personagem quanto em Jason Brody. Há
uma metamorfose , que faz um playboy sem responsabilidade alguma, através da situação que está vivendo, tornar-
se um herói, alguém que realmente represente algo. Não posso detalhar mais que isso, mas saiba que praticamente
todos os acontecimentos farão você pensar: “Caramba, esse cara não vai aguentar tudo isso…”.
Gráficos sensacionais, som absurdo, história empolgante e memorável, vilões que vão demorar para ser
esquecidos, um cenário lindo que leva nossos queridos consoles até seus limites. No final das contas, o conjunto de
elementos torna Far Cry 3 digno de apenas uma nota e apenas uma palavra. A nota é 10 e a palavra é ÉPICO!
*Obs: Jogue o game até a tela da maconha e tente não rir…se já jogou e sabe do que se trata, comente!
TRAILER
———————————————————————
NOTA:
Gráficos:10
Som:10
Jogabilidade:10
Diversão:10
NOOBZVIEW: 10
Por Ariel
@Arielsis
Nossa senhora, depois de ver o screenshot… Era feio demais o Far Cry 1! 😉
Faaaala Marcelo! O melhor amigo do Alepitecus!
Far Cry 1 era realmente sensacional, eu comprei uma máquina nova alguns meses depois que ele foi lançado, e rodava no máximo, era algo absurdo pra época, mas veja uma imagem do game hoje e preste atenção na folhagem e principalmente no chão verde, é ridículo kkkkkkkkkk! Parece um tapete verde, e querendo ou não, apesar deste game ter sido lançado até para o Wii, ele pode ser classificado como um game de geração PS3/X360, e é incrível o avanço que se consegue numa mesma geração, comparando o Far Cry e Far Cry 3.
veja imagem: http://www.mobygames.com/images/shots/l/67067-far-cry-windows-screenshot-rigor-mortis-1-looks-like-there.jpg
E realmente é 10! Acho que nunca dei essa nota aqui no noobz (claro que minha opinião não é tão importante assim heheheh!), mas este game mereceu!
Abraços e quando jogar, retorne aqui e nos diga o que achou do game! Até mais!
Mas cara, a visão em primeira pessoa traz uma imersividade absurda, principalmente em games que lhe mostram o corpo do personagem como se você tivesse a visão dos seus olhos (você vê a mão, as pernas, mas não vê o rosto). Experimente Far Cry 3, ou FEAR, você vai gostar!
Depois que inventaram os patchs (prática adotada pelos PCs e agora consoles tb), os produtores se dão o direito de lançar os games com problemas, ou seja, games incompletos.
Pois é cara, você que me falou dessa referência, eu não cheguei a ir atrás desse extra. Mas praticamente tudo no game tem a mecânica de Assassin's Creed, em especial o Revelations, como ir conquistando territórios matando o líder e as torres. O mesmo acontece em Revelations, de forma muito parecida. A ubisoft tá fazendo certinho, buscando influências em seus próprios produtos, melhorando a cada game e entregando experiências cada vez mais marcantes!
Eu sou doido pra jogar alguns desses jogos, mas nunca consegui me adaptar ao "First Person"… nao consigo me sentir bem jogando como se fosse um fantasma na tela, rs rs rs…. Só tive de vencer esse bloqueio no Portal, mas nenhum outro jogo compensou 🙁 Ja podiam ter inventado uma forma de dar opção de escolha primeira/terceira pessoa, como no skyrim!
Ah, e uma das surpresas bacanas que tem dentro do jogo é uma pequena referência à Assassin´s Creed 🙂
Ótima análise do jogo! Eu atualmente estou jogando Farcry 3, e é realmente um jogo incrível, o único defeito que eu via no jogo foram alguns bugs irritantes, mas alguns patchs corrigiram os problemas!