Game: Resident Evil 6
Desenvolvedora: Capcom
Distribuído por: Capcom
Plataforma: PC, Playstation 3 e Xbox 360
Noobzview: Farelves (@Rafaela_Freitas) – www.ign.com/blogs/farelves
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Foram tantas as críticas ruins que li sobre Resident Evil 6, que confesso ter ficado um pouco ressabiada de comprar e não muito empolgada para jogar. Mas deixe eu lhe dizer, assim que coloquei o jogo no console e o narrador falou naquela voz que todos conhecemos: “Resident Evil… SIX”, pronto. A empolgação voltou imediatamente.
Esse é, sem dúvida, o maior jogo da série e a CAPCOM, tentando agradar a gregos e troianos, acertou em cheio em muitos aspectos. Em outros, realmente deixou a desejar. É certo que jogo perfeito não existe e, no fim das contas, Resident Evil 6 superou minhas expectativas em termos de jogabilidade, campanha, história, trilha sonora, dublagem e gráficos.
A inovação da CAPCOM para este RE é que várias pessoas podem jogar por campanha. É sério!
Explico: jogando com dois personagens principais (local com tela dividida ou online) e o login na Resident Evil Network, há partes das campanhas em que até quatro pessoas podem estar jogando simultaneamente (cada dupla a sua campanha, pois as histórias se encontram em alguns momentos). E o mais legal? Se você deixar o Agent
Hunt habilitado, outros jogadores podem entrar como algum monstro durante a sua campanha! Mas estou me adiantando demais. Vamos aos modos de jogo.
O jogo é composto do prólogo e quatro campanhas principais (modo história). As principais são:
• A do Leon, que é um survival horror clássico onde ele e a agente Helena Harper tentam sobreviver a uma infestação zumbi à la Raccoon City em Tall Oaks. Já adianto que essa campanha é tensa e resgata muito bem o clima dos antigos RE, é a minha favorita.
• A do Chris, onde ele e seu subordinado Piers Nivans tem que atuar em nome da BSAA para suprimir ataques bioterroristas na Edonia, e na China. Essa campanha, eu confesso, foi a que menos gostei porque é ação pura. Mas, para ser justa, ilustra perfeitamente o dia a dia dos soldados da BSAA.
• A do Jake, onde a Sherry Birkin (lembram dela?) agora agente da Division of Security Operations (assim como nosso amigo Leon), recebe como missão resgatar o mercenário Jake Muller da Edonia e leva-lo são e salvo aos Estados Unidos. Essa campanha é a minha segunda favorita e tem um pouco de tudo: ação, stealth, quebra-
cabeças. É um misto das três outras e, fora o chefe final (que mencionarei em outro tópico), é bem divertida de jogar.
• Finalmente, a da Ada (única que se joga sozinho). A Ada, acredite ou não, tem seus próprios interesses em tudo o que está acontecendo e até dá uma mãozinha para alguns dos nossos heróis. É uma campanha que foca um pouco mais no stealth e combate indireto. E, no fim das contas, fica empatada com a campanha do Jake em segundo lugar.
Há também o modo Mercenaries, como no RE5, e o Agent Hunt.
Não há muito o que falar sobre o Mercenaries porque é essencialmente idêntico ao do RE5, as regras e a mecânica de jogo são as mesmas. É bem divertido jogar e liberar novos personagens e cenários. Já o Agent Hunt é uma inovação que deixou o público um pouco dividido. Nesse modo, você pode “invadir” a campanha de outro jogador como um monstro aleatório. A ideia é bem divertida, no entanto, alguns probleminhas podem
jogar um balde de água fria na empolgação de “trollar” outros jogadores.
Primeiro: você entra em pé de igualdade com os outros monstros de RE6.
Mesmo nível de energia, mesma dificuldade de ser eliminado. Segundo: É muito difícil controlar as criaturas. Quanto menos humanoides, mais difícil de serem controladas.
É diversão garantida se você não levar a partida muito a sério.
No quesito jogabilidade, os comandos evoluíram bastante e a consequência foi a melhora da resposta do controle e maior naturalidade de movimentação dos personagens. Agora, por exemplo, seu personagem de escolha pode mirar e andar ao mesmo tempo! SIM! Para frente e para trás. Você pode se esquivar de um inimigo rolando para o lado, para frente, ou até mesmo se jogando de costas no chão e, dessa posição no chão, você ainda pode rolar para os lados.
Existe agora um botão só para ataques físicos, o que é excelente, e os personagens ganharam uma barra de resistência física, logo seus ataques na base da porrada são limitados. Quando essa barra se esgota, o reflexo no personagem é evidente: ele fica exausto e coloca a mão na lateral do torso com se estivesse com “dor desviada” e ele não consegue correr, o que não é lá muito recomendado se houver zumbis ou J’avos
por perto. Ah, não se preocupe, a barra de resistência física recupera aos poucos.
Dica: se você não puder correr, certifique-se de que tens munição suficiente.
Mas então a jogabilidade é perfeita?
Não. Longe disso.
O sistema de escolha de armas é péssimo, extinguiu-se o atalho rápido pelo direcional e agora o menu de armas acionado por ele faz com que você tenha acesso a todas as suas armas. Parece bom, mas não é.
Quando se está sem munição e tem um monstro prestes a te devorar, ficar passando arma por arma para ver qual tem munição não é uma boa.
Além disso, a maneira como o personagem entra em cobertura é diferente e a mira do “cover” é algo com o qual é preciso se acostumar. Esses são pequenos poréns que podem ou não ter sido propositais para dar mais emoção durante os confrontos. É um pouco inconveniente, mas nada que atrapalhe o jogo ao ponto de afetar o desempenho do jogador.
Em termos de história, o jogo é completamente coerente com o que ocorreu em outros Resident Evils (e teve gente que achou a história pouco consistente), mas não tem nada a ver com o que aconteceu em RE5. Ele tem relação com praticamente todos os outros jogos da série (é só prestar atenção e ler a informação extra que você coleta pegando os emblemas azuis espalhados pelas diversas campanhas).
A história é cativante e, ainda que algumas coisas fiquem um pouco sem explicação, há momentos em que você para e pensa: “Aaaah, tá. Então foi por isso!”.
A dublagem está excelente, os gráficos, as animações e a música estão fora de série e referências aos antigos jogos estão em vários detalhes (alguém notou a pequena máquina de escrever que aparece indicando o save?)
Os monstros foram bem criativos e divertidos de eliminar. A única crítica que eu faço aqui são aos grandes chefes das campanhas e sua pseudo imortalidade. Cansa batalhar a mesma criatura sete vezes. Sete. Vezes. Eu contei.
Esse é um jogo que vale a pena ter, todo fã de Resdent Evil tem que jogar e, de verdade, não se deixar levar pela demo nem pelas críticas completamente negativas. Tire suas próprias conclusões. Eu não me arrependi.
Game Over.
Continue?
TRAILER
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NOTA:
NOOBZVIEW:9.0
Por Farelves – (@Rafaela_Freitas) – Blog da Farelves
– Joga desde 1985, cara metade de um casal gamer há 6 anos e contando. Escreve um blog sobre jogos também, quando dá na telha.
Conto com isso também. Praticamente todas as versões contam com um grande super vilão, algo como o Nemesis seria legal, apesar de o cara que persegue o Jake ser uma referência a ele, ainda faltou algum carisma do mal rsrsrsrs.
É muito parecido com o 5, mas de uma maneira mais bem refinada. Eu, de todos os games, prefiro o 3. Nada supera o Nemesis e sua única fala "STAAARS"!
ATENÇÃO – SPOILERS!
Helinton b. toledo, se o Piers não faz aquilo, eles iriam morrer ali! Eu lembro que fiquem sem bala, ficava escondido esperando ele atacar pra que o monstro deixasse alguma bala, até que acontecia, eu ia pra cima dele novamente, mas o Piers ali é quem "protaginiza" a cena. O cara saiu como um dos maiores heróis da série na minha opinião. Os produtores até dizem que pensaram em matar o Chris, e imagino que foi nesta cena. Imagina acontecendo o inverso e sendo o Piers a sair dali inteiro e o Chris ficando pra trás! Apesar do Chris ser importantíssimo pra série, imagino que seria um puta avanço pra história, e um substituto a altura do maior protagonista ao lado da Jill.
Excelente Noobzview, eu adorei o RE 6, apesar de um monte de gente ter detestado, esses fãs saudosistas…XD
Beijos =*
Gostei do review…pois estava decepcionada com a saga RE, sou fanática por esse jogo . Na minha opinião RE1 é o melhor de todos, mas RE2 e 3 são ótimos, RE4 apesar de seguir outra linha de jogo gostei também, mas RE5 foi pura decepção. Até agora não estava empolgada para jogar RE6 mas com os comentários positivos vou jogar!
http://gamesejogs.blogspot.com.br/
Parabéns! Finalmente alguém avaliou o jogo pelo que ele é, e não comparando aos jogos de suspense antigos
Bacana o review!
Eu não joguei todas as campanhas ainda, mas estou gostando do jogo, acho que RE6 é uma evolução dos outros jogos. Os tempos são outros e fico feliz que RE esteja se atualizando, RE6 tem para todos os gostos e vale a pena sim!
O ponto negativo pra mim fica por conta da camera. Mas de qualquer forma aprovei RE6.
Valeu abraços!
Obrigada, Mito!
A mistura de gêneros, especificamente neste jogo, ficou excelente. Primeiro, mostrou que a CAPCOM ainda sabe fazer um bom survival horror se quiser. Segundo porque retrata realmente a realidade de cada dupla de personagens de uma maneira que a intersecção das histórias se encaixa sem tropeços.
É chato ver que alguns elementos são copiados de outros jogos (cof, cof, Army of T.W.O., cof, cof), mas fazer o quê? Hoje em dia parece que todas as empresas se utilizam de todos os recursos de jogabilidade e animação e acaba que alguns gêneros (especialmente de ação) fiquem bastante parecidos.
Eu sei que falta um grande vilão, mas pelo que deu para sentir, esse Resident Evil foi um momento de transição da série. Veja a inversão de papéis, os filhos dos vilões viraram herói (e que heróis! *___* ) e um mocinho que quase pirou.
Agora, sinceramente, pressinto que o próximo jogo (porque certamente haverá um próximo) vai nos apresentar nosso novo super vilão. Espero que a CAPCOM inclua novamente alguns velhos personagens que todos amamos.
Muito bom seu review Rafaela, parabéns! Tem praticamente todos os elementos que eu captei jogando este game, mas minha nota seria um 8. Resident Evil é uma série única, que fez escola, mas hoje se limita a copiar outros games, misturando vários gêneros. A mistura de elementos fez bem para esta versão, e a longevidade é ótima dada a tantas campanhas, mas eu esperava algo maior, com mais alguma coisa importante dentro da história. Acho que um grande vilão está faltando pro universo, e o Wesker era esse grande vilão.
No mais gostei bastante da jogabilidade e do efeitos dos tiros, e principalmente poder dar voadoras nos zumbis hehehe!
Parabéns pela análise novamente e seja bem vinda ao Noobz!