Em uma ação pioneira, uma equipe formada por mulheres brasileiras lança a primeira plataforma de curadoria de conhecimento do mundo. Por meio de tecnologia inteligente, essa novidade tem como intuito ampliar o repertório de informações que chega aos seus usuários, filtrados pelos seus territórios de interesse. O produto identifica necessidades de conhecimento e também reage ao seu consumo dentro da plataforma. O objetivo é furar a lógica de algoritmos tradicionais, que são influenciados só pelas informações que a pessoa consome e acabam recomendando mais do mesmo.
Bel Zynes, designer da plataforma Mappa |
O Mappa funciona como um guia inteligente de filmes, artigos e palestras. Na prática, ele cruza o que sabe sobre conteúdos com o que sabe sobre seus usuários, criando recomendações que fazem sentido para eles no momento. A mensalidade custa R$10, e o pagamento pode ser feito em cartão de crédito em qualquer lugar do mundo. Para estrangeiros o cartão precisa ser internacional.
“Fomos movidos pela premissa de que os conteúdos que exploramos têm influência no impacto que teremos no mundo. Existe uma responsabilidade social sobre nossas escolhas de consumo. Acreditamos que essa escolha faz parte de um conjunto de atitudes para fazermos a diferença. A missão da Mappa é furar essa bolha, do mais do mesmo, e dar recomendações para que as pessoas ampliem seu conhecimento e possam mudar o mundo” explica Débora Emm, sócia fundadora do Mappa.
O projeto nasceu a partir de um investimento de R$ 2.5 milhões, e, viveu em beta por quase um ano, enquanto suas criadoras encontravam a melhor forma de fazer com que ele pudesse ser viabilizado. As responsáveis são a engenheira mecânica Ana Martinazzo; a designer de produto Bel Araújo; e a cientista social Débora Emm. E elas perceberam que, apesar de vivermos um momento chamado por alguns de “sociedade da informação”, é difícil construirmos o conhecimento de que realmente necessitamos
Na prática como funciona?
1. Ajuste de rota
Ao se inscrever, o usuário responde a um rápido e inteligente questionário desenhado para diagnosticar as suas necessidades de conhecimento e a sua zona de conforto. Assim, o algoritmo entende as grandes questões humanas da pessoa que podem determinar os conteúdos recomendados dentro da plataforma. Ao final do processo, o navegante pode escolher entre duas missões de conhecimento selecionadas especialmente para ele.
2. Recomendação de conteúdos
A partir de então, o usuário receberá três recomendações de conteúdo por vez. Podem ser filmes longa-metragem, curtas, palestras, artigos ou podcasts. Em cada um há uma proposta de reflexão escrita pelos curadores do Mappa. Quando terminar de explorar o conteúdo, o usuário deve indicar para a plataforma que terminou, e assim ela abrirá uma contagem de 16 horas para recomendar os próximos três conteúdos. No caminho, o navegante também pode trocar reflexões sobre os conteúdos com outros usuários por meio de dois recursos: colocando mensagens em “garrafas virtuais” ou habilitando chats com pessoas que exploraram os mesmos conteúdos que ele.
3. Evolução contínua
Conforme o navegante avança em sua missão, o Mappa continua aprendendo com ele, fazendo novas séries de perguntas e analisando o seu uso da plataforma. Ao final de cada missão, uma surpresa e uma mensagem especial aguardam o usuário. Logo em seguida, ele poderá escolher entre duas novas missões selecionadas para ele e recomeçar o ciclo de aprendizado.
Para conhecer a plataforma, basta acessar o site https://www.mappa.cc/.