Game: Resistance: Fall of Man
Desenvolvedora: Insomniac Games
Distribuído por: Sony Computer Entertainment
Plataforma Utilizada: Playstation 3
Também para: Exclusivo Playstation 3
Noobzview: Ariel (@Arielsis)
———————————————————————
Valeu à pena: Jogar um dos primeiros games do PS3 em 2010 e não me decepcionar
Não valeu a pena: Ver os mesmos inimigos quase toda hora enche…
———————————————————————
Já dizia o poeta que games de tiro nunca deveriam ter saído do PC. Eu sou uma prova viva disso e sempre torci o nariz quando me diziam: “Jogue Black (PS2) que é animal!”, e eu dizia: “Nunca, porque FPS precisa de mouse e teclado”. Ledo engano. Hoje o mercado dos consoles tem sempre ótimos games de FPS (First Person Shooter ou Tiro em Primeira Pessoa) e são em sua maioria exclusivos, o que acaba automaticamente deixando o público que sempre foi o alvo desse tipo de game (jogadores de PC) sem grandes lançamentos, como é o caso de Killzone, Halo e a série Resistance.
Em 2006 com o lançamento do Playstation 3, a Insomniac – conhecida por seu trabalho com Ratchet and Clank no Playstation 2 – lança um game de tiro ambientado na Segunda Guerra Mundial, com o conceito de “exército de um homem só”, alienígenas, veículos, armas do exército americano, inglês e também alienígena.
Clichê, ao extremo, sugando influências de vários games que conhecemos, mas mesmo com essa salada de conceitos e técnicas manjadas, fizeram um ótimo trabalho!
Logo de cara, parece que você está jogando algum Call of Duty, pois você vê explosões, aviões sendo derrubados, soldados em apuros.
Nos 10 primeiros segundos você já fica só, pois todos os NPCs (personagens que você não controla) já são mortos por alienígenas que você passa a ter que matar sozinho.
Os soldados só servem pra mostrar que o mundo está em guerra e para mostrar que eles estarão ali, para morrer em seu lugar. E o game segue este esquema até seu final, com uma boa história, também digna de diversos clichês.
A história se passa entre as décadas de 40 e 50, mostrando como seria o mundo se naquela época, a humanidade tivesse enfrentado uma invasão alienígena. O exército Britânico enfrenta a horda de alienígenas aliado ao Exército Americano.
Durante um ataque, todo o exército americano é infectado, inclusive Nathan Hale, nosso personagem. Mas para a surpresa de todos, (ou não…) Nathan Hale se levanta como se nada tivesse acontecido e fica conhecido como o único Americano que sobreviveu ao ataque. Nem todos ficam sabendo que ele foi infectado, apenas a Capitã Rachel Park, personagem que narra toda a história e em determinado momento é salva por Hale.
Aos poucos ela percebe que Hale tem maior velocidade, precisão e tranquilidade em combate se comparado aos soldados comuns e cada vez mais parecido com as habilidades alienígenas. Mas isso não se reflete no game, o que fica estranho, pois quando você a ouve dizendo isso você imediatamente pensa: “WHAT!? Não vi nada de diferente…”.
Na verdade a única coisa que muda é que Hale passa a restabelecer a sua energia através de capsulas que teoricamente seriam para encher a energia dos Chimeras (a raça alienígena do game). Assim, como em todos os games de tiro, você encontra dessas capsulas a todo o momento, deixando o game até certo ponto fácil. Dificuldade você encontra quando dá de cara com muitos Chimeras, que além de terem armas melhores, na maioria das vezes tem uma mira absurda! Felizmente a jogabilidade em nenhum momento é ruim, nem mesmo pela falta do mouse/teclado.
O Dual Shock se comporta muito bem, e a alavanca direita (o R3) tem uma precisão muito boa. Você atira com o botão R1, enquanto pula com X e carrega com quadrado. Existem outras funcionalidades, mas essas são as mais importantes. O único detalhe, é que como os primeiros modelos de controles do PS3 era apenas SISAXIS (que tem o sensor de movimento ou acelerômetro), em nenhum momento o controle vibra, nem mesmo em explosões. Um pequeno detalhe que faz toda a diferença.
Os sons das armas estão fantásticos, bem realistas. As músicas não empolgam tanto assim. O que empolga mesmo são as armas e suas características únicas. Só para citar algum exemplo, o tiro de uma das armas Chimerianas atravessa paredes, indicando até mesmo a posição inimiga (o cursor fica vermelho, demonstrando tal evento). Com isso fica quase impossível se esconder, ou se você possuir a arma fica fácil destruir inimigos escondidos. Mas a arma com melhor benefício é a metralhadora comum mesmo, do exército inglês, pois se você não segurar o R1 que é o gatilho (apenas dar alguns toques), a bala vai sempre reta, na mesma posição que você aponta, dando uma precisão única. Se você segurar o botão os tiros saem desordenados e sem precisão.
Diversas outras armas se destacam e é realmente a parte mais interessante do game, mas as outras armas e detalhes do game deixo para vocês conferirem.
O ambiente talvez seja a parte mais crítica, pois os cenários são todos muito parecidos, em contrapartida têm algumas texturas muito boas. É previsível quando os Chimeras vão aparecer então você sempre tem como se prevenir. A jogabilidade também não muda muito, apenas em dois momentos temos veículos como um tanque ou um “Jeep” para percorrer algum caminho, mas as fases são fáceis e parece que as mesmas foram feitas somente para adicionar algo diferente, mas sem desafio.
No geral, Resistance é mais do mesmo, mas pensando em consoles acaba não sendo bem assim, e como os FPSs (bons) em consoles sempre foram raros, a qualidade de Resistance mesmo sendo todo clichê faz dele uma ótima pedida. Ótimo para quem não jogou algum FPS no Playstation 3 e ótimo para o jogador de PC que hoje possui um PS3 e quer experimentar este tipo de jogo sem a ajuda de um teclado/mouse. RECOMENDADO!
———————————————————————
NOTA:
Gráficos: 8.0
Som: 7.5
Jogabilidade: 8.5
Diversão: 8.5
NOOBZVIEW: 8.1
Por Ariel
@Arielsis