Game: Jak and Daxter: The Lost Frontier
Desenvolvedora: High Impact Games
Distribuído por: Sony Computer Entertainment
Plataforma Utilizada: Playstation 2
Também para: Playstation Portable – PSP
Noobzview: Ataliba (@Achateaubriand)
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Valeu à pena: Participar de batalhas épicas com a aeronave.
Não valeu à pena: Enfrentar o pior dos inimigos, a câmera
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Jak and Daxter é uma famosa franquia criada pela Naughty Dog (Crash bandicoot e Uncharted) que nasceu em 2001 para o Playstation 2 ganhando quatro jogos e dois spin-offs.
Com personagens carismáticos e uma boa história a franquia ganhou o uma legião de fãs e a critica especializada . No entanto a franquia ficou um tempo parada sem muitas novidades ganhando apenas um jogo para PSP, onde o jogador controlava Daxter que serviu para instigar ainda mais os fãs que queriam o retorno da série.
Foi então que um novo jogo foi anunciado e para a surpresa de muitos não era para o Playstation 3 – que já estava no mercado a um tempo – e sim para o Playstation 2 e o Playstation Portable (PSP). Isso foi parte da estratégia da Sony na época para fortalecer seu portátil com franquias de renome e prolongar a vida de seu PS2.
Na época a Naughty Dog estava empenhada em Uncharted 2: Among Thieves, com isso a High Impact Games ganhou a oportunidade de desenvolver Jak and Daxter: The Lost Frontier que chegou em novembro de 2009 para as já citadas acima Playstation 2 e PSP.
O jogo volta as suas origens lembrando a jogabilidade do primeiro Jak and Daxter: The Precursor Legacy seguindo o estilo de ação e plataforma e continua a história de Jak 3.
A história não é uma continuação direta de Jak 3, mas você não terá uma introdução profunda aos personagens pois a High Impact Games está levando em conta que o jogador já conheça a série Jak and Daxter, nada que prejudique, pois o jogo funciona independente dos outros, mas quem iniciou a franquia por aqui terá um pouco de dificuldade de entender o que é o tal Eco que eles tanto falam e talvez vá demorar um pouco mais para achar graça nas piadas de Daxter devido a falta de familiaridade com os personagens.
O jogo conta a história dos heróis:
Jak – O herói que possui poderes sobrenaturais e um monstro dentro de si. Aqui um detalhe para quem não conhece a franquia e começou com esse jogo, Jak tem poder para se tornar uma espécie de monstro e nesse novo jogo isso não acontece, no entanto é citado algumas vezes nas cutscenes.
Daxter – Um simpático e engraçado bichinho laranja fiel companheiro de Jak, que nessa versão ganha o poder de se transformar em uma criatura muito poderosa, Dark Daxter.
Keira – A simpática e inteligente garota se une a equipe para tentar descobrir o motivo da instabilidade Eco. Ela é uma estudante no assunto a fim de se tornar uma sábia sobre a energia Eco.
Nesse mundo essa energia Eco está instável então nossos heróis partem rumo à jornada para tentar descobrir o que está causando esta instabilidade encontrando velhos conhecidos, novos personagens e uma história repleta de reviravoltas, nada de inovador ou que te faça cair o queixo, mas muito bem contada cumprindo muito bem o papel a que se propõe.
Os gráficos também são muito bonitos e bem trabalhados sendo um dos pontos positivos do jogo. As cutscenes aliás são feitas a partir do motor gráfico do game, claro que com alguns efeitos e filtros, mas foi uma opção acertada na minha visão pois não distância de maneira drástica os gráficos que você vê nas animações e no jogo em si ajudando muito na imersão.
Assim como os gráficos os sons também são muito bem trabalhados, desde os efeitos sonoros das armas e naves até as músicas que podem se tornar um pouco repetitivas a certa altura do jogo caso o jogador opte por explorar mais certos cenários, mas nada que vá atrapalhar na experiência do jogador, aliás as dublagens são muito bem trabalhadas e um dos pontos altos do jogo, contribui para a imersão na história e no carisma de cada um dos personagens, caso o jogador entenda inglês e já tenha uma certa familiaridade com os personagens com certeza dará algumas boas risadas com Daxter.
O jogo basicamente se divide em três momentos, o primeiro é o clássico ação e plataforma com Jak onde o jogador irá explorar os diversos cenários disponíveis no jogo. Com a progressão da partida a jogabilidade melhora a partir do momento em que o jogador adquire novas armas e Jak ganha novos poderes aumentando assim as possibilidades de ataque e estratégias que podem ser traçadas para os combates.
Outro momento muito habitual é o de batalhas aéreas. No inicio não é lá tão divertido, mas conforme se avança com as novas naves a disposição do jogador, as novas missões e a possibilidade de upgrade se torna um dos pontos mais marcantes de The Lost Frontier.
O terceiro momento é onde o jogador controla Dark Daxter. Nosso pequeno amigo laranja se torna um monstro grande e forte com vários poderes graças ao dark eco. Esse momento tem duas visões diferentes. Para os fãs da série é um dos presentes que o jogo trás, a possibilidade de jogar com o pequeno companheiro com suas piadas divertidas e uma nova jogabilidade variando um pouco do que se vinha jogando com Jak até o momento.
Outro ponto de vista é o do jogador que não é fã da série ou está tendo contato com a franquia nesse jogo. Para este jogar com Daxter passa a ser um momento desnecessário e totalmente descartável, pois nesse momento a história não avança e jogar com Dark Daxter não acrescenta em nada a trama, se não houvessem esses momentos em nada afetaria o desenrolar do jogo.
A variedade de inimigos é muito boa e o sistema de evolução do personagem é muito bacana, onde o jogador deve pegar o maior número de dark eco para dar upgrade nas diversas habilidades de Jak.
Nas batalhas aéreas conforme você cumpre missões e abate inimigos também ganha pontos a serem gastos com sua nave, isso te motiva a explorar cada cenário e cumprir as diversas missões extras para ganhar mais e tornar sua possante mais poderosa, aliás as batalhas aéreas conforme o jogo progride proporcionam alguns dos melhores momentos do jogo.
O jogo tem diversas missões extras tanto no chão como com a nave, são momentos que lhe permitem uma maior exploração dos cenários, algumas variedades de jogabilidade e te possibilitam desfrutar mais o jogo e ganhar mais itens para dar futuros upgrades. De maneira geral essas missões extras são muito repetitivas, mas é bacana cumpri-las para explorar o jogo por completo com todas as suas possibilidades.
Mas nem só de flores vive Jak and Daxter: The Lost Frontier existem alguns erros básicos facilmente identificados como a falta de sincronismo das legendas em diversos momentos (sim, eu uso legendas para ler conforme os personagens falam :p).
Outro bug que presenciei foi em uma missão com a nave onde eu deveria abater todos os piratas espaciais, logo no inicio do jogo. No entanto uma das naves piratas ficou presa entre algumas montanhas e ficava voando em círculos entrando e saindo das montanhas impossibilitando que eu pudesse acertá-la, tive que me sacrificar (todo mundo chora!).
Outro pequeno pecado que o jogo comete é no final quando o maior inimigo será revelado através de uma cutscene, no entanto o inimigo aparece na tela de jogo antes de acontecer a transição para a animação quebrando a surpresa que a CG queria passar para revelar o grande vilão.
Além de algumas opções de inteligência artificial que lhe permitem passar com muita facilidade por diversos oponentes.
Esses acima dentre alguns outros são problemas aceitáveis que podem ocorrer e não prejudicam o jogo tanto e nem tiram o seu brilho, pelo menos até o pior de todos os inimigos. A câmera!
Muitos jogadores reclamam da facilidade dos jogos atuais (Jak and Daxter: The Lost Frontier é um jogo fácil) e atribuem dentre outras coisas o excesso de facilidade a enorme freqüência de check points existentes nos jogos. Mas para esse game acredito que todos abrem uma exceção e os freqüentes check points se tornam bem vindos, pois muitas (e eu digo muitas mesmo) das vezes que o jogador sucumbirá não será por erro de estratégia nem brilhantismo do adversário e sim pelo fato da câmera fazer de tudo para acabar com sua vida.
Em diversos momentos de plataforma Jak cai abismo abaixo por não se conseguir ter noção de onde exatamente aquela plataforma está posicionada (imagina se você tivesse que enfrentar um inimigo dificílimo e após muito sacrifício o derrotasse, mas logo em seguida caísse em um abismo por não saber onde exatamente aquela plataforma está e ao voltar tivesse que enfrentar esse oponente novamente, isso não acontece pelo excesso de check points e me fez amar os check points do jogo [Ui amoroso!]).
Um dos monstros mais difíceis do jogo é o que antecede o vilão final, e muito dessa dificuldade é atribuída à horrível câmera que te impede de ver onde está o maledito!
Enfim, a despedida de Jak e Daxter do Playstation 2 e PSP não é ruim, mas também não entra para a lista dos grandes jogos do Playstation 2 (a versão que joguei). Tem bons gráficos, dublagem impecável e uma história que acrescenta ao universo e se torna muito importante para quem acompanha a série, porém por momentos de muita repetição, linearidade muito grande e uma câmera horrível o game acaba não alcançando o brilhantismo que tinha potencial.
Acredito que a experiência para um fã da série que vem desde o primeiro, Jak and Daxter: The Lost Frontier seja muito mais nostálgico e imersiva do que para quem quer apenas uma boa diversão para o seu console. Se você já jogou a nata dos grandes clássicos do PS2 e se encontra sem muitas opções é um jogo recomendado.
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NOTA:
Gráficos: 9.0
Som: 8.0
Jogabilidade: 6.0
Diversão: 6.5
NOOBZVIEW: 7.3
Por Ataliba
@Achateaubriand
Grande Ataliba, cheguei até a fase da cidade nesse jogo (só testei o jogo), mas, sua nota está mais do que correta. Pretendo jogar o J&D 1 e J&D2, pois o Jak X, Jak 3 e o Lost Frontier eu tenho aqui. Abraços.
Mto bom façam, mais de jogos ps2, é o que a maioria tem.