A historia da saga Splinter Cell pt.2

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Loja Universo Noobz
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Por Entelexia
@Entelexia

O texto a seguir é uma continuação do Noobzview: Splinter Cell – Para ler a primeira parte clique a seguir:

Noobzview: Splinter Cell

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Splinter Cell Parte 2

Neste artigo, darei uma sinopse de cada aventura de Sam Fisher, em linhas gerais, evitando dar spoilers de cada episódio em si. Claro que, como existe uma trama geral, permeando principalmente os 3 últimos jogos, uma sinopse de qualquer um dos últimos jogos acaba sendo meio que um spoiler pra quem está jogando o jogo anterior .

Assim, se você não se importa com alguns spoilers, continue lendo.:

Splinter Cell (o primeiro jogo). Lançado em 2002

Splinter CellA história se passa em 2004, quando Sam Fisher é retirado de sua aposentadoria para integrar o novíssimo time da Third Echelon, entidade coordenada pelo seu amigo Irving Lambert.

Considerando Fisher como o parceiro ideal para esta primeira missão, Lambert acompanha pessoalmente o seu treinamento inicial.

Assim, seus primeiros movimentos no jogo são no campo de treinamento da Third Echelon, onde você se acostuma com a jogabilidade e as habilidades do espião, bem como sua interação com o cenário. Zonas de luz e sombra, como manter silencio, manusear equipamentos, câmera, movimentos…

Logo em seguida, sua primeira missão: Desvendar o desaparecimento de dois agentes em Tbilisi, na Geórgia. Um golpe de estado parece estar de alguma forma interligado a estes desaparecimentos. Após muita investigação, você segue a conspiração, ou os indícios desta, em diversos lugares do mundo. Ligando os pontos, você descobre que não só políticos e agências de serviço secreto estão envolvidos, mas também agências privadas de segurança e tecnologia. Uma mistureba de interesses privados, oportunismo, luta pelo poder….

Em Splinter Cell, as ambições não respeitam fronteiras nem ideologias. O que torna tudo muito mais convincente!

Seguindo as pistas, Fisher descobre que um dispositivo chamado “the Ark” é o terror deste primeiro episódio. E é para impedir que este dispositivo perigoso seja usado pelos inimigos, que você está se esgueirando mundo afora. Mais do que isso seria estragar as surpresas do jogo, então, se quiser saber detalhes…. bem, conto em pvt, ou você pode tentar desvendar a conspiração você mesmo!

Ah, sim… não espere por finais catárticos ou vilões gigantescos com metralhadoras giratórias no braço… a equipe de Splinter Cell realmente leva o realismo (relativo) muito a sério. Mas com certeza, você pode esperar um ótimo final de uma história de espionagem!

Splinter Cell – Pandora Tomorrow (2004)

Em 2006, os EUA resolvem ajudar a treinar um exército em Timor-leste, que havia (no jogo) se tornado independente da Indonésia.

Splinter Cell Pandora TomorrowSuhadi Sadono, um líder militar anti-comunista treinado pela CIA (Ops…) se revolta contra essa tentativa de tirar o Timor-leste da área de influência da Indonésia, e resolve enfrentar os americanos. Ele conseguiu instalar em solo americano armas biológicas baseadas no vírus da varíola, e que seriam ativadas caso ele fosse capturado ou assassinado durante sua guerra contra o EUA/Timor.Esse plano foi chamado de “Pandora Tomorrow”.

Após infernizar os americanos durante um tempo, fazendo reféns em embaixadas, e coisas do tipo, Sadono foge com seu grupo, e ameaça ativar as armas de destruição em massa colocadas em solo americano, praticamente fazendo o país de refém. A missão de Fisher é localizar essas armas e ajudar a neutralizá-las, pra isso se infiltrando nos acampamentos de Sadono.

Com a ajuda da empresa “Displace”, uma agência de mercenários (digo, agentes privados de segurança!) dirigida pelo seu amigo Douglas Shetland, Fisher consegue localizar as tais armas, que são então desativadas. A Third Echelon ordena que Sadono seja capturado vivo. Mas aparentemente, ainda há perigos nos EUA… um agente revoltado da CIA pode tentar usar o Pandora Tomorrow, e cabe a Fisher impedi-lo.

Splinter Cell – Chaos Theory (2005)

Você já começa o jogo com a função de resgatar um gênio da informática preso por terroristas peruanos. Na busca pelo grupo terrorista e pelo sistema de guerra informacional criado pelo gênio Bruce Morgenholt, você chega ao navio de Hugo Lacerda.

Splinter Cell Chaos Theory
Enquanto isso, uma tensão crescente na política asiática coloca China, Japão e Coréia do Norte quase em pé-de-guerra. O Japão resolvera modernizar seu exército (SDF – Self Defense Force), e os EUA tentam ajudar o aliado enviando um navio de guerra para impor respeito.

Uma série de ataques ao sistema de energia de países pelo mundo afora levanta desconfiança da Third Echellon, que começa a espionar a Coréia do Norte, acusada pelo líder da nova SDF de ser responsável pelos blecautes.

Enquanto isso, seguindo as pistas que conseguiu,Fisher vai a Nova York, onde encontra alguns conspiradores e políticos obtusos sendo protegidos pela Displace , de Douglas Shetland.

(Nota: Tanto Shetland, quanto a SDF, e o programador original do tal sistema de cyber-guerra já tinham sido citados ou participaram dos primeiros jogos da série, o que deixa claro que Splinter Cell tem um consistente enredo que permeia todos os jogos, mesmo nos dois aparentemente independentes primeiros jogos!)

Um míssil atinge o navio de guerra que o EUA enviou para o oriente, e imediatamente Sam é enviado para a Coréia do Norte, suspeita de ter disparado contra o navio americano. Os líderes Norte-Coreanos afirmam ser inocentes, e Fisher e Lambert seguem as pegadas do tal sistema de cyber-guerra. No caminho, terão de descobrir mais sobre a SDF e a Displace Security.

Splinter Cell – Double Agente (2006)

Após uma breve introdução ao tradicional estilo “desative mais essa arma de destruição em massa”, Fisher é convocado de volta. Ele recebe a notícia de que sua filha Sarah sofreu um acidente.

Splinter Cell Double AgentPerturbado psicologicamente, Fisher fica cada vez mais taciturno, e Lambert resolve ajudá-lo, convocando-o para uma perigosa missão suicida. (Amigão, hein?!)

A idéia é infiltrá-lo em um perigoso grupo terrorista , fazendo com que Fisher vá para a prisão e ajude Jamie Washington, um dos cabeças desta organização, a fugir. Chegando ao quartel da organização, que se chama “JBA”, você é apresentado ao líder por Jamie, e tem de ganhar a confiança dos outros terroristas, e convencê-los de que você também é um deles.

A situação psicológica de Fisher acaba ressaltando esse mundo bipolar de sua nova vida, e seus novos aliados em ambos os lados.

A partir daí você fica entre seu novo grupo, e seus companheiros distantes, que entram em contato vez ou outra, te colocando em frias do tipo: “se vira e consiga isso pra mim”, a qualquer momento.

Splinter Cell Double Agent
Obs: Neste título, surgem algumas características novas de interatividade. Se você de fato convencer os terroristas de que está do lado deles, terá de tomar algumas decisões difíceis, que podem influenciar no final do jogo, ou nos eventos a seguir.

Caso você se mantenha fiel á NSA, pode levantar desconfiança dos terroristas, o que também acarreta algumas mudanças. Mas ao final das contas, o lado que você ajudar “mais”, definirá se você terá um final “ruim”, ou um final “bom”, quando terminar o jogo. De qualquer maneira, você vai terminar “f*dido”, só diferenciando na quantidade de gente que vai se lascar junto com você, após os eventos finais.

O sucesso nas operações da NSA ou da JBA, bem como a quantidade de confiança deles em você, definirá as conseqüências dos eventos, embora nada tão drástico a ponto de mudar os fatos finais (uns milhõezinhos de mortes a mais, ou a menos!)

Bom, embora a história de Double Agente seja consistente, a verdade é que todo o trabalho dos roteiristas foi pra manter o suspense e a consistência dos eventos após as decisões que você toma como agente duplo , na pele do Fisher. De qualquer forma, tanto a JBA quanto a NSA acabarão por desconfiar de você.

Splinter Cell Double Agent
Basta dizer que todo o trabalho que você tem, não é reconhecido pela NSA ou pela Third Echelon. Pelo contrário, você é então considerado renegado, e tratado como os terroristas, mesmo que você tenha ajudado a destruí-los. Isso nos leva ao novo título, e à grande virada da série: Splinter Cell Conviction!

Curiosidade:

Enquanto você se infiltra na JBA, o chefe da segurança do grupo, chamado “Moose”, é o único que desconfia de você o tempo todo, e tenta avisar o líder de que você (o novato) não é digno de confiança. Quando finalmente pega o Moose, a gente sente um certo respeito pelo cara, que é o único que sentia que havia algo errado desde o começo!

Splinter Cell Conviction (2010)

Quase 4 anos depois, surge o novo título da série. Fisher ganhou um novo corpo, sabe-se lá porque, parecendo um pré-coroa de uns 32/35 anos, rejuvenescido quase duas décadas em comparação com a aparência que tinha desde o primeiro e segundo título! A turma do design costuma ter bastante liberdade pra dar a cara “da vez” pro nosso herói, a cada lançamento, mas isso é detalhe!

Gameplay Conviction:

Como houveram mudanças importantes neste lançamento, acho importante falar do Gameplay.

Splinter Cell ConvictionStealth

Em Splinter Cel: Conviction, acontecem algumas mudanças importantes no gameplay, que, se não eliminam o elemento Stealth em definitivo, acabam por deixá-lo com uma função diferente: Você não é mais a sombra invisível 90% do tempo, que resolve as coisas e desaparece. Dessa vez, você usa suas habilidades stealth pra ter algum tipo de vantagem tática enquanto enfrenta seus inimigos, ou tenta se infiltrar em seus ambientes. O jogo é muito mais orientado para a ação alternada com stealth (rápido, não mais o jogo de paciência dos títulos anteriores).

Splinter Cell Conviction
Há também novos movimentos, algumas habilidades meio “parkour”, deixando a coisa um pouco menos realista, considerando a idade do Fisher, e seu peso e habilidades dos jogos anteriores. Talvez a aparência mais “garotão” seja justamente pra tornar mais crível aquela quantidade imensa de manobras de escalada, saltos, etc.

Você também ganha a habilidade de “marcar” os inimigos para acertá-los rapidamente, como em alguns jogos de shooting. No mais, a ação é bem mais intensa durante os confrontos inevitáveis.

Splinter Cell Conviction
A inteligência artificial é um grande destaque deste jogo. Não só os inimigos parecem mais espertos, como são taticamente muito superiores a qualquer outro jogo de ação. Armadilhas elaboradas são simplesmente detectadas pelos inimigos, que chegam a zombar do Fisher, dizendo: “ta pensando que eu sou idiota? Não vou sair daqui, Fisher” (ou algo parecido). Muito legal mesmo! Alguns dos inimigos se lembram de você de conflitos anteriores, e ainda há aqueles que evitam o confronto e disparam o alarme ou chamam os colegas pra te “esperar”, enquanto você fica se perguntando porque eles simplesmente não explodem e os outros continuam vindo como nos outros games!

Quando você atira em alguém, isso pode denunciar sua presença (mais uma mostra da inteligência dos caras!), e inclusive você pode usar isso a seu favor. Quando surgir um “fantasma” na tela indicando que seus inimigos pensam que você está ali, você pode usar isso como vantagem se posicionando em outro lugar. Realmente, com todos os incrementos no gameplay, Splinter Cell atingiu o auge da ação tática nesse jogo, um dos mais divertidos pra quem, como eu, gosta de uma boa ação cinematográfica (e não é lá muito fã de FPS!).

História:

Fisher é procurado pelos agentes da Third Echelon, após ter sido considerado por eles como renegado ou terrorista (eu não disse que você terminaria o Doublé Agent F*dido, de qualquer forma? :DD).

Enquanto se mantém longe da vista da Third Echelon, ele recebe uma pista sobre o acidente envolvendo sua filha. Ele aperta um agente envolvido com drogas, Kobin, que parece saber algo sobre o assunto, e sobre uma conspiração além do que Sam poderia imaginar. A Third Echelon consegue capturar Fisher após o interrogatório, e sua ex-colega Anna Grimsdottir, revela que sua filha pode estar viva.

Splinter Cell Conviction
Aqui é onde o jogo mostra que andou absorvendo a hiperviolência dos tempos modernos, com um interrogatório à base de espancamentos, à lá Jack Bauer/Jason Bourne. Torci o nariz pra algo que parece tão diferente da inteligência e racionalidade do “Old Fisher”, mas à medida que o tempo passa, a gente pode reconhecer que boa parte dos pilares da série estão lá, embora adaptado à ação violenta das histórias modernas de espionagem pós Era-Bush. Particularmente, acho que Splinter Cell não precisaria disso, mas vá lá.. isso não chega a comprometer o trabalho.

Fisher parte pra violência, e Grimm lhe revela que estaria servindo como olhos e ouvidos do Presidente dentro da Third Echelon, para descobrir a natureza da relação entre Tom Reed, novo diretor da Echelon desde os eventos finais de Doublé Agent, e a instituição de segurança privada Black Arrow. Com a ajuda de Grimm, Sam procura seu amigo Victor Coste, colega veterano da guerra do golfo (há uma cena estilo Shooter em Flashback), e ambos descobrem que a Black Arrow estaria protegendo a empresa White Box Technologies, especializada em armas de Pulsos Eletromagnéticos (EMP).

Na sede da White Box, os soldados da Black Arrow estão matando os funcionários da White Box (WTF?!!), e roubando dados experimentais da empresa. Após transferir os dados para Grimm e destruir as informações que poderiam denunciá-la, Fisher segue as ordens de Grimm para procurar Galliard, dono da Whitebox. O pobre Galliard cita um grupo desconhecido, de nome Meggido, que teria pago Reed para ajudá-los.

Splinter Cell Conviction
Cada vez mais chegando perto da Third Echellon, Fisher vai direto á sede do grupo, e após espremer novamente Kobin, ele descobre que Reed trabalhava com o grupo Meggido, que pretendia usar um dispositivo EMP como distração enquanto eliminavam o presidente e colocavam sua marionete, o Vice-Presidente, no poder.

Em relação à filha de Fisher, sua morte tinha sido uma simulação feita por Irving Lambert, que suspeitava que havia alguém infiltrado na Third Echellon, e que esse poderia querer usar a filha de Fisher para chantageá-lo.

Daí em diante, Fisher recebe a missão de desativar a EMP, enquanto Grimm acompanha Tom Reed até a casa branca. Com a ajuda de seu amigo Victor, Fisher termina de desativar um dos EMPs , e segue para a Casa Branca, onde Grimm estava protegendo o vice-presidente. E lá dentro, estava Tom Reed, diretor da Third Echellon, além dos agentes da Black Arrow. Tom Reed queria derrubar o presidente por causa de sua política hostil à Third Echelon, e assassiná-lo nesta operação espalhafatosa. Isso era uma forma de provar a todos que a Third Echelon era necessária (com uma agência de segurança dessas, quem precisa ter medo de terroristas?!!).

A partir daí, Fisher tem de cuidar de Tom Reed, e dos agentes que capturaram Victor Conte (sei lá quando!).

Fim?

Considerações finais:

Embora o Conviction tenha se diferenciado bastante dos jogos anteriores, acredito que , em termos de enredo, este é um ótimo desfecho para a saga de Sam Fisher. Não sei se sobraram pontas soltas para outros jogos, mas se este fosse o último da série, eu acho que seria um ótimo desfecho para este clássico das histórias de espionagem.

Por Entelexia
@Entelexia

6 COMMENTS

  1. Ótimo texto, agora você poderia fazer um sobre o Blacklist, acredito que você já tenha jogado ou com certeza vai jogar, e aposto que você gostou/gostará, aliás, relembrar o velho Splinter Cell nessa geração de consoles era tudo o que eu queria

  2. cara…. mt bom esse seu apanhado. mt gente que jogou os games da série podem tirar proveito gigante dele,uma vez q, pelo q me consta, tds eles eestavam em Inglês (se eu estiver errado, alguém me ajude, por favor)e é natural não esntendermos algumas coisas.

    Conviccion é sensacional!!

    parabéns pelo texto e obrigado por compartilhar. um brinde à série

  3. Bem foda o texto heim. De fato Splinter Cell é uma série bem massa, mas a história um pouquinho complexa, apesar de ter zerado quase todos menos o conviction ainda estava boiando na história, mas de fato conviction tem tudo para ser o último de todos fechando a história com chave de ouro, mas é uma pena não vermos mais o Fisher… um reebot talvez quem sabe…

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