Resposta a materia contra os games do site O Globo

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Loja Universo Noobz
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GTA o globo

Olá gamers! Estou aqui para em nome da equipe Noobz responder ao jornal O Globo online pela reportagem “Wellington tinha interlocutor, com quem falava sobre religião e jogos eletrônicos de guerra

A matéria trata do terrível caso que aconteceu na cidade do Rio de Janeiro onde um doente entrou e atirou em crianças, nesta matéria os trechos que citam os games são as seguintes:

…usava a página na Internet para disseminar mensagens desconexas sobre religião e jogos como GTA e Counter Strike (CS), onde o jogador municia a arma com o auxílio de um Speed Loader, um carregador rápido para revólveres, usados por ele no massacre de alunos na Escola Municipal Tasso da Silveira. Nos dois jogos, acumula mais pontos quem matar mulheres, crianças e idosos.

O fascínio de Wellington por jogos violentos também aparece no caderno apreendido na casa onde ele vivia desde outubro, em Sepetiba, na Zona Oeste do Rio. Nas páginas, textos curtos e incoerentes, assim como os do blog, misturam islamismo, cristianismo, terrorismo e jogos eletrônicos.”

Acredito que as pessoas que tem o poder da comunicação nas mãos devem ter responsabilidade com o que veiculam, pois não sabemos como essas informações chegarão até nosso público, é um poder que não se pode mensurar o impacto que causará na vida de pessoas.

A reportagem do jornal O Globo em questão, que foi veículado em seu site, coloca claramente de forma sensacionalista e parcial os games como um dos pilares motivacioanis do terrível massacre que houve na Escola Municipal Tasso da Silveira.

Digo isso pela maneira como os games são colocados e mencionados na reportagem em questão, como reproduzido acima os jornalistas dizem que nos jogos GTA e Counter Striker (CS) o jogador deve matar idosos, mulheres e crianças para ganhar pontos, traçando um paralelo com o terrível massacre acontecido. Acontece que no jogo Counter Striker (CS) não existem nem mulheres, nem idosos e nem crianças, enquanto no jogo GTA não existem crianças, mas existem pedestres dentre eles mulheres e idosos, este jogo te dá livre arbitrio para fazer o que quiser, incluindo matar pedestres, acontece que não se ganha pontos por matar os cidadãos e ainda o jogador é penalizado de forma que a polícia passa a lhe perseguir após agir de tal forma, e quanto mais pessoas o jogador opte por matar mais intensa será a busca dos homens da lei ao jogador a fim de puni-lo pela atitude.

O jornalismo deve ser apurado e não deduzido, da maneira que está veiculado mostra que os autores da matéria não têm conhecimento nenhum dos jogos citados e mostra uma enorme parcialidade a fim de criminalizar os games de uma maneira geral. Digo isso, pois imagino um pai ou um leitor que não tem o habito de jogar lendo tal matéria o terrorismo e a preocupação na cabeça dessa pessoa com relação a filhos, amigos, sobrinhos, parentes e pessoas que jogam games, como se os mesmos estivessem sendo de certa forma preparadas para serem os próximos assassinos desse país.

O caso foi terrível e chorei com muitos brasileiros ao ver a reportagem, agora a partir do momento em que colocam os games em uma posição de ferramenta preparatória para o crime devemos nos manifestar, pois nós gamers hoje temos voz na sociedade. Hoje os gamers não são mais apenas crianças e sim adultos, advogados, bancários, jornalistas e muitos trabalham diretamente e indiretamente no fascinante mercado dos jogos eletrônicos tendo inclusive jogos feitos para esse público adulto (lembrando que os games tem clássificação indicativa sendo proibida a venda de jogos de adultos para crianças em lojas autorizadas).

Compreendo a falta de conhecimento de muitos com relação aos jogos que ainda aparecem como uma ferramenta nova na sociedade, mas não posso aceitar que ao invés de se discutir o andamento da estrutura familiar na sociedade, nosso sistema educacional falido onde alunos enfrentam professores, se limitem a dizer que esse ou aquele caso foi causado simplesmente pelo fato de o meliante ter jogado vídeo game.

Deixo claro que esse texto não é contra o jornal O Globo, ao qual respeito muito e tenho a consciência que nosso pequeno blog não é nada diante de veículo tão importante para a comunicação do país, e nem contra os jornalistas responsáveis pela matéria em questão, é apenas o outro lado da moeda, pois pessoas que gostam e trabalham com jogos eletrônicos não querem ser apontadas na rua como destruidores sociais pelo fato de matérias criarem preconceito com relação a um tipo de entretenimento.

A matéria envolvendo os games no caso do Rio: http://oglobo.globo.com/rio/mat/2011/04/09/wellington-tinha-interlocutor-com-quem-falava-sobre-religiao-jogos-eletronicos-de-guerra-924198258.asp

Ataliba Leonel
www.noobz.com.br

8 COMMENTS

  1. Fala sério!
    Assim como em diversas áreas, esses jornalistas não tem conhecimento do que escrevem sobre games!
    Eles deveriam pesquisar a respeito dos jogos citados antes de escrever coisas que de fato não acontecem nos mesmos. Eles simplesmente fizeram relação a um jogo que já foi proibido no Br, no caso o Carmageddon, isso faz anos. O que acontece é que eles querem culpar os jogos ao invés do doente que cometeu o crime. Lamentável!
    Ótima resposta Ataliba!

  2. Obrigado aos inumeros acessos a nossa resposta e as diversas mensagens por comentários, email e twitter. Agradeço a comunidade gamer que não se calou e foi muito bacana a manifestação no twitter com a hastag #videogamemata.

    O site do jornal O Globo editou a matéria e retirou as partes que atingiam os games de maneira mais baixa e mentirosa.

    Um grande abraço!

    Continuamos ligados…

  3. Nessas horas nosso país tenta encontrar os possíveis culpados, e sempre os games são indicados como tal. Talvez porque nas outras vezes nós ficamos calados. Dizer que a segurança no país é desprezível ou que um cara maluco consegue comprar uma arma com total facilidade como foi o caso nunca aparece na cabeça destes que escrevem ou falam que os games corrompem uma pessoa. É complicado…

  4. Infelizmente nós gamers já deveriamos estar acostumados… só me surpreende de ser um jornal como O Globo, esperava isso de jornais menores e mais sensacionalistas, ridículo!

  5. Parabéns pelo texto em resposta, vc realmente disse tudo! Jornalista sem caráter, bosal, preconceituoso. Jornal O Globo acaba de cair no conceito. Pela lógica traficantes sanguinários eram gamers quando criança, políticos jogavam algum jogo que roubava dinheiro, e os presídios estão cheios de jogadores de GTA. Lamentável!

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