Game: Uncharted Drake’s Fortune
Desenvolvedora: Naughty Dog
Distribuído por: SONY
Plataforma Utilizada: Playstation 3
Também para: Somente Playstation 3
Noobzview: Alepitecus
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Valeu a pena: Diversão garantida com muita qualidade técnica. Sem dúvida nenhuma um jogo com cara de cinema.
Não valeu: Inimigos irritantemente semi-imortais, e a repetitividade incomoda em alguns momentos.
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Exclusivo para a plataforma Playstation 3, produzido pela empresa de renome Naughty Dog, e distribuído pela SONY Computer Entertainment, UNCHARTED Drake’s Fortune poderia muito bem ser mais um jogo de aventura qualquer, daqueles que nos divertimos por alguns momentos e que logo depois seria esquecido. Felizmente isso não acontece e segue abaixo os motivos desse jogo ser tão encantador.
Primeiramente, um dos elementos que mais chama a atenção é o roteiro, que muitas vezes lembra os roteiros cinematográficos de grandes aventuras como Indiana Jones, Os Goonies e, até mesmo, A Múmia.
Nathan Drake é um “caçador de tesouros” e acredita ser descendente de um famoso explorador, o Sir Francis Drake. Em sua jornada, descobre um caixão perdido há mais de 400 anos e, ao abri-lo, encontra um artefato valioso que o direciona ao começo da sua verdadeira aventura à famosa cidade de El Dorado. Segundo a lenda, El Dorado é toda construída com ouro maciço, com muitos tesouros e relíquias, e que foi muito procurada por piratas e exploradores na época da colonização das Américas.
A trama trabalha em cima da caça ao tesouro de El Dorado, porém Drake não está sozinho e sim acompanhado de um grupo de mercenários que tentará a qualquer custo (qualquer custo = detonar todos que os atrapalharem!), encontrar a cidade e, consequentemente, o tesouro. Enfim, todos esses elementos só provam que o roteiro de Uncharted pode sim ser considerado clichê, mas um ótimo clichê com referências de peso e amarrando muito bem a trama não devendo nada à HOLLYWOOD.
Seria impossível não traçar um paralelo do protagonista do game com o maior ícone aventureiro do cinema: o professor e arqueólogo Indiana Jones. É nítido que o filme de Steven Spielberg foi o pilar para a construção do personagem, da história, dos cenários, entre outros elementos. Os dois têm muitas coisas em comum, e arrisco dizer que Nathan Drake poderia tranquilamente ser o sucessor de Indy.
Assim como todo bom herói tem sua companheira de aventura, Nathan não seria diferente. Elena é uma repórter bonita e atraente (“PORQUE NÃO?”) que inicialmente o acompanha na descoberta do caixão e no decorrer do jogo torna-se um membro importantíssimo da aventura, ajudando e formando o par romântico de Drake (“ÓBVIO”). Não poderia faltar o velho amigo “nice guy”, Sully, que é aquele personagem vaselina, o “malandrão”, você não sabe se é do bem ou do mal, mas que no fim não decepciona.
Também é sabido que não existe uma boa obra épica sem uma excelente trilha sonora. Desde o início, quando o jogo é carregado, os acordes começam em grande estilo relembrando outra vez os filmes já mencionados. As músicas são bem dinâmicas, encaixam perfeitamente com os cenários, animações e etc. causando grande imersão e ambientação. Os efeitos sonoros são muito bem feitos e pra quem possui a versão europeia uma surpresa agradável, ou no mínimo divertida: Idioma português de Portugal (Oh Raios pra cá, raios pra lá e assim vai).
A jogabilidade é tranquila, ou seja, não requer muita habilidade durante boa parte do game. Os Puzzles(“Quebra cabeças!”) são bem feitos e, muitas vezes, necessitam de um raciocínio lógico e perspicaz. Os movimentos dos personagens estão perfeitamente sincronizados com o controle, deixando bem maior o teor de realismo. A inteligência artificial dos inimigos é ótima, mas uma coisa fica clara – e que em alguns momentos chega a ser irritante – a demora deles para morrer, precisando de muitos tiros para cair. Nathan também é bom de braço e, quando necessário, desce a porrada nos bandidos.
Outro aspecto que deixa um pouco a desejar é o que a maioria dos games de respeito deve fugir: a repetitividade. É um elemento relativamente comum nos games atuais e que existe, e muito, em Uncharted. Às vezes temos a velha impressão do “Eu acho que já passei por aqui!”,ou, “De Novo essa cena”. Mas isso não é o suficiente para quebrar a beleza e diversão do jogo.
Os cenários estão muito bem modelados, com um grau de realismo absurdo. A iluminação e animações, tanto dos ambientes internos, quanto externos, são extremamente bem feitas. Grande parte das explorações acontece nas superfícies e nas profundezas da Amazônia, com muitas arquiteturas indígenas e incas.
Concluindo, UNCHARTED Drake’s fortune é um ótimo game (“GAME OF THE YEAR 2007 pelo site IGN”), com um protagonista muito carismático, de personalidade forte, e que facilmente cairá nas graças do gamers (“SE JÁ NÃO CAIU”), cenários maravilhosos e jogabilidade divertida e simples. Vale muito a pena ser destrinchado, coletando todos os tesouros e os troféus. Um tiro no alvo da Naughty Dog, do PS3 e de todos os envolvidos.
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NOTA:
Gráficos: 9.5
Som: 9.0
Jogabilidade: 8.0
Diversão: 9.5
NOOBZVIEW: 9.0
Por Alepitecus
Essa franquia quebra qualquer argumento de caixistas.