Game: Heavenly Sword
Desenvolvedora: Ninja Theory
Distribuído por: Sony Computer Entertaiment
Plataforma Utilizada: Playstation 3
Também para: Exclusivo Playstation 3
Noobzview: Alepitecus (@alepitekus)
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Valeu a pena: Versão feminina de Kratos… e que versão.
Não valeu a pena: Faltou certo cuidado com as câmeras do jogo.
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“Será mais um filho genérico de God of War?”. Essa é uma pergunta interessante pra começar a falar desse jogo de altos e baixos.
Heavenly Sword é um game exclusivo de PS3, produzido pela Ninja Theory. Citado em várias mídias como um jogo baseado no game de sucesso do também exclusivo da Sony God Of War, é possível durante o jogo perceber que HS bebeu e muito da fonte desse famoso Hack and Slash.
Talvez HEAVENLY SWORD não seja o game mais original dos últimos tempos, contudo propõe algumas ideias interessantes. Primeiro, porque tem como protagonista um objeto, uma arma, a lendária Heavenly Sword. Segundo, porque quem a controla é uma “garota”, o que é incomum nessa temática do jogo, ou seja, um jogo com base no combate marcial. Não que seja ruim ter uma garota como protagonista, uma vez que existem grandes nomes como Lara Croft (Tomb Raider) e Jill Valentine (Resident Evil), que são de grande sucesso.
A lenda diz que um guerreiro vindo dos céus, juntamente com sua espada, conseguiu vencer um rei tirano que assolava a Terra. Após a batalha o guerreiro desapareceu, mas deixou a espada sagrada “Heavenly Sword”. A espada tinha um poder incrível, porém, como efeito colateral, sugava a vida de seu dono. Sabendo dessa maldição, mestre Shen, um poderoso guerreiro e líder de um clã, torna-se o guardião da espada.
A história do jogo se passa anos depois quando Nariko, filha do mestre Shen, que detém grande habilidade de combate, se vê na obrigação de usar a espada amaldiçoada para defender seu povo, além de não deixar que caia nas mãos de outro rei maligno, o Rei Bohan (“guardem esse nome”). Esse é o mote principal, mas o roteiro é recheado de subtramas complexas que ajudam a desenvolver as personagens e aumentar a carga dramática.
As personagens, tanto os heróis quanto os vilões, são muito bem desenvolvidas, profundas e com um realismo interessante. Nariko é uma ruiva de belos traços e corpo escultural, mas não se engane pois ela consegue manusear espadas como ninguém, enfrentando exércitos de mais de 2000 homens sozinha (“e ela dá conta”). Se uma garota já faz um estrago desses, então calcule duas. Kai é outra personagem jogável e a sua arma é um canhão que atira flechas mortais. Tem o corpo de uma criança e um comportamento um tanto quanto diferente, lembrando às vezes movimentos de um animal. As duas heroínas são de um carisma muito grande, mas quem rouba a cena mesmo é o vilão do jogo: Rei Bohan. Para quem assistiu O Senhor dos Anéis, Andy Serkis, que atuou como Gollum, é o responsável pela direção dos atores e por dar vida ao Rei.
Andy trabalhou esse vilão de uma maneira pouco vista nos games, com um grau elevado de humor e sarcasmo, o que dá um toque especial à personagem.
As semelhanças com God Of War não ficam apenas na maneira como a história é contada.
A jogabilidade também estabelece uma relação com GOW e é um dos aspectos mais empolgantes do game. Os movimentos de Nariko são muito semelhantes aos de Kratos, com duas espadas, uma em cada mão e, assim como o bruta montes grego, possui uma gama considerável de combos devastadores. Também está presente em Heavenly Sword o famoso Quick Time Event, recurso muito utilizado em GOW para finalizar um combate. Mas o diferencial é o uso demasiado e competente, do controle SIXAXIS, deixando de lado, por um instante, a pancadaria e o ritmo alucinante das lâminas, dando espaço há um momento de concentração e precisão nos movimentos, controlando a trajetória de vários objetos lançados por Nariko e principalmente as flechas de Kai.
A modelagem de cenário é de uma qualidade incrível, com identidade visual interessante remetendo a uma época que parece ser um Japão feudal ou algo parecido.
As personagens estão bem feitas e muito bem animadas. A maioria das ações foi feita por captura de movimento, o que transforma as antigas animações robóticas em movimentos suaves e realistas.
Outro aspecto que impressiona é a trilha sonora. A música segue a carga dramática do jogo, acompanhando as ações dos personagens, dando ritmo pra cada cena de combate, de tristeza, desespero, alegria e etc.
Mas nem só de pontos positivos podemos apresentar Heavenly Sword. A câmera é um dos elementos que decepciona. Em alguns momentos ela se torna um ponto cego, impossibilitando a visão do jogador. Outro aspecto que deixa a desejar é a variedade de inimigos. Durante o jogo você enfrenta poucos tipos diferentes de personagens, lutando na maioria das vezes, praticamente, com o mesmo.
Assim que o jogo é finalizado você libera uma gama de extras muito interessantes com Artworks, animações bacanas, making offs interessantíssimos. Enfim, uma surpresa agradabilíssima que deveria ser aderida a todos os games da atualidade.
Por fim, Heavenly Sword é um jogo curto, podendo ser concluído em 7/8 horas tranquilamente, o que em qualquer outro jogo poderia significar um ponto negativo, mas nesse caso o prolongamento seria um ponto que o tornaria enjoativo.
Em suma, jogo divertido, vale a pena passar algumas horas pra desvendar uma trama interessante, movimentos marciais fantásticos e uma bela garota em tela abrindo e fechando as pernas (“oh que beleza!”).
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NOTA:
Gráficos: 9.0
Som: 9.0
Jogabilidade: 8.5
Diversão: 8.0
NOOBZVIEW: 8.5
Por Alepitecus
@alepitekus
E ai Marcelo,
Então, pode comprar cara que vale a pena. O jogo é curto e divertido.
Garantia noobzcast de qualidade. Hahaha.
Abraço
Pessoal,
Depois de ler a resenha vou colocar esse jogo na minha lista! Me lembro que na época que saiu nem todos gostaram, mas acho que vale a pena jogar mesmo assim. Até porque hoje o preço já caiu bastante.
Curiosidade: o motion capture da Nariko foi feita pela atriz Anna Torv, que faz Olivia Dunham no Fringe, um dos meus seriados favoritos.