Filme: Thunderbolts*
Direção: Jake Schreier
Crítica Noobz: Ataliba (@AtalibaNoobz)
A Boa e Velha Marvel Voltou
Após uma sequência de filmes mornos e decepcionante no Universo Cinematográfico Marvel, Thunderbolts* chega como um verdadeiro respiro para os fãs. E surpreendentemente, faz isso sem reinventar a roda. Vale ressaltar que assisti o filme tendo visto pouco do material promocional e com a expectativa lá em baixo, talvez isso tenha me feito gostar um pouco mais do longa.
A fórmula Marvel, aquela que dominou os cinemas durante a Saga do Infinito, está de volta. Sim, aquela velha receita de sucesso: personagens carismáticos, ação bem coreografada, diálogos afiados, humor pontual e, claro, emoção na medida certa. Pois é, depois de tanto questionarem a fórmula Marvel ela voltou e pasmem: funciona muito bem!
O grupo é formado por anti-heróis que já conhecemos de filmes e séries anteriores, mas que aqui ganham uma dinâmica própria e extremamente divertida. Florence Pugh brilha mais uma vez como Yelena Belova, entregando uma assassina melancólica e carismática. Sebastian Stan como Soldado Invernal mantém o peso emocional do personagem, enquanto Wyatt Russell (Agente Americano) e David Harbour (Guardião Vermelho) garantem bons momentos cômicos. Olga Kurylenko (Treinadora) e Hannah John-Kamen (Fantasma) completam o time com boas cenas de ação e profundidade pontual (apesar de poucas cenas da Treinadora).
Apesar de todos brilharem e terem seus momentos, gostei muito da dinâmica que o Agente Americano traz para o grupo. Além deles temos Lewis Pullman dando vida ao personagem Bob, que também cumpre muito bem seu papel e merece um destaque.
Ao meu ver o Soldado Invernal é o que menos brilha, mas não porque Stan mandou mal ou o roteiro para ele foi mal escrito, muito pelo contrário, porque ele serve de escada para esse grupo brilhar servindo de cola para que toda essa união faça sentido. Ele faz o papel de sério, porque isso é o que é exigido dele. Enfim, a dinâmica do grupo é muito boa e o roteiro redondinho com todos os personagens.
Apesar de fazer parte do MCU, Thunderbolts* funciona muito bem de forma independente. É recheado de referências e conexões que agradam os fãs mais atentos, mas sem comprometer a experiência de quem só quer curtir um bom filme de ação.
As duas cenas pós-créditos seguem o padrão Marvel: a primeira é uma piada leve, sem grande impacto. A segunda, no entanto, entrega um gancho promissor para futuros embates dentro do universo, com diálogos que empolgam e levantam teorias.
No fim das contas, Thunderbolts* não promete ser revolucionário, e talvez seja exatamente por isso que acerta tanto. É entretenimento puro, um “filme pipocão” que entrega o que se propõe: diversão de qualidade. E depois de uma série de tropeços, a Marvel precisava mesmo de um acerto assim.
Ah, vale ressaltar que achei genial e uma grande jogada de marketing do asterisco no nome Thunderbolts*. Depois que revelado o motivo, tive que aplaudir de pé hahaha.
Um dos melhores filmes da Marvel dos últimos tempos. Simples, direto e extremamente divertido.
Trailer
Nota: 8
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