Filme: Mortal Kombat
Direção: Simon McQuoid
Crítica Noobz: Duzão (@DuzaoDias)
Estreando nos cinemas esse ano de 2021, o novo filme da franquia Mortal Kombat ganhou atenção dos velhos fãs que jogaram os jogos de luta em fliperamas e consoles na década de noventa, e também dos novos fãs com os últimos lançamentos da franquia como MK11, que chegou em 2019.
A adaptação dos games para os cinemas tem sido um desafio para Hollyywood, não é de hoje, sendo que pouquíssimos conseguiram vingar, de fato. Mortal Kombat teve bons trailers e despertou a atenção dos gamers, mas será que o longa é tudo isso mesmo?
Uma História atropelada, recheada de boas lutas
A história começa no Japão de 1617 onde Hazo Hashashi (Scorpion) vive em paz com sua família até ter sua casa atacada por Bi Han (Sub-Zero), o filme não explica o motivo do embate e nem se preocupa em fazê-lo. As cenas de lutas foram muito bem-feitas e coreografadas, com bastante violência, se tem o estômago fraco não recomento assistir antes de comer rs.
O longa apresenta uma história muito corrida, acelerada e atropelada, tentando apresentar os personagens já conhecidos de maneira bem superficial. Nesse contexto, o que vemos é uma sequência de lutas bacanas com um roteiro cheio de brechas, algo que pode incomodar muito alguns que estão tentando, de fato, acompanhar a trama. Dependendo do que você busca em Mortal Kombat, o roteiro esburacado e sem diversas explicações, pode não tornar o filme necessariamente ruim, mas tira todo o potencial que ele tinha para se tornar uma grande obra. Isso tudo acontece pela velocidade em que a história precisa ser contada, fazendo de alguns personagens icônicos da franquia, meros figurantes de luxo. Já dentre os “principais”, tudo é tão mal explicado que você nem consegue se conectar e ter empatia com os mesmos.
Efeitos Especiais, Violência e Fatalities
Sem dúvidas um dos pontos fortes de Mortal Kombat, são os efeitos especiais. Me agradou bastante tudo, desde personagens 100% CGI até os poderes e cenas viscerais onde muito sangue voa para todo lado. Aproveito para destacar os fatalities, que são muito violentos e praticamente igual aos games, levando os fãs da franquia ao delírio. Isso com certeza é um ponto altíssimo do filme.
Nem os efeitos salvam a história!
A trama nos apresenta um personagem inédito chamado Cole Young, um jovem lutador de mma que luta sem muito sucesso em sua carreira. Cole faz parte da linhagem de Hanzo Hashashi e nasce com uma marca que faz dele um escolhido para defender a Terra no torneio Mortal Kombat. Calma, não é um spoiler, essa explicação já é dada logo no comecinho do filme para justificar a entrada de um personagem inédito nesse universo.
A ideia é que Cole seja o anfitrião do espectador e nos insira nesse universo, mas com ele no centro do roteiro, a trama acaba falhando grandemente em apresentar personagens que, de fato, nos importamos como Sonya, Jax, Liu Kang, Kung Lao dentre outros. Com isso a história fica rasa e extremamente clichê, sem grandes reviravoltas. Mesmo os plot twists que deveriam surpreender são tão “telegrafados” que quando acontecem já estava bem óbvio que seria. Sinceramente, com essa história, se não fosse por toda a violência, esse seria um filme para crianças.
Trailer
Nota: 4.5
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