O Cafundó Estúdio Criativo, empresa brasileira que desenvolve projetos de propriedade intelectual em games e séries de animação 2D, 3D e stop motion, anunciou a negociação com três publishers internacionais para o lançamento do puzzle game Tetragon: Unknown Planes nos países da América Latina, América do Norte e Europa a partir de junho.
Tetragon será distribuído por grandes empresas do setor. A distribuidora russa Buka, será responsável pelo lançamento de Tetragon na Europa, América do Norte e América Latina. Já para a distribuição na Ásia, a responsável será a Natsume Atari, articuladora de grandes players.
Além das empresas citadas, uma parceria com a Gameloft, um dos maiores publishers de jogos do mundo, vai garantir a presença do game, de uma só vez, nas 800 lojas da rede espalhadas pelo mundo, em um modelo no qual o consumidor baixa o jogo a partir de uma mensalidade.
Com o mercado de games que segue aquecido em 2021, a estreia de Tetragon vai acontecer a partir de junho, já em nove idiomas para PlayStation 4, Xbox One, Nintendo Switch e PC. Depois, para iOS e Android. A Demo do jogo acaba de ficar disponível.
Negociação fora da curva – como estratégia de apresentação de Tetragon, Minozzo rodou eventos em diferentes países durante meses para conhecer novos publishers e chegar a um acordo que garantiria para si cerca de 90% de participação na comercialização do jogo no mercado global, no qual é de praxe a divisão de lucros meio a meio entre desenvolvedor e distribuidor. A expectativa com o lançamento no mercado global é faturar, no mínimo, dez vezes o recurso investido, o que significa 1 milhão de dólares.
“Sabiamos que tínhamos um produto com narrativa imersiva e jogabilidade atraente para o mercado. Nas negociações percebemos o interesse acima da média no jogo. Vimos uma oportunidade de negociar. As conversas duraram um ano, mas fechamos com os principais publishers do segmento ”, explica Leonardo Minozzo, diretor executivo do Cafundó Estúdio Criativo.
O puzzle game brasileiro é ambientado nas profundezas de um misterioso mundo em forma de quadrado ao qual Lucius, protagonista do jogo, procura seu filho perdido. Neste mundo, as paredes podem mudar de posição repentinamente, reorganizando a força da gravidade do jogo. A jogabilidade inclui uma sequência de quebra-cabeças guiados por uma narrativa profunda.
O game, que foi vencedor do 1º edital de games da Ancine do Programa Brasil de Todas as Telas (2017), terá continuidade. O desenvolvimento de Tetragon 2 começa ainda esse ano.
Cenário aquecido com a pandemia – pesquisa da Newzoo revela que a receita do segmento de jogos eletrônicos saltou de US$ 157,1 bilhões (R$ 873,3 bilhões), antes do surto de Covid-19, para US$ 174,9 bilhões (R$ 972,8 bilhões), após o início da pandemia, um adicional de US$ 17,8 bilhões (R$ 98,8 bilhões). Segundo o levantamento, a quarentena favoreceu o surgimento de novos jogadores, com as plataformas de games fechando 2020 com 2,8 bilhões de usuários, uma alta de 6,4% em relação ao ano anteior. A América Latina responde por 10% desse volume, com 274 milhões de pessoas — alta de 7,7%.
No entanto, na opinião do brasileiro, as oportunidades são viáveis para quem pensa em games como negócio. “Quando se fala em lançar um jogo, a primeira coisa que vem à cabeça é Google Play e Apple Store, que dominam o mercado. Mas existem centenas, talvez milhares de outros caminhos. No caso da Gameloft, se não tivéssemos ido atrás, não descobriríamos. Participar dessas rodadas de conversas para entender como as coisas funcionam é a porta de entrada”, avalia.
Outro ponto destacado pelo brasileiro para competir no mercado mundial é, ao desenvolver o jogo, considerar a legislação em mercados internacionais. Ele exemplifica que games sem sangue, praticamente sem inimigo ou mortes, são mais fáceis de entrar na China, onde também não é indicado vincular a cor vermelha a qualquer coisa negativa. Já em outros países, se houver caveira no game, é preciso submeter o projeto para aprovação.
Séries de Animação – o diretor do Cafundó também responde por um projeto robusto de criação e execução de séries de animação infantil, para crianças a partir de dois anos, e para o público adulto.
A partir de abril, dá o start na produção de Ana Bolinha e Dó, Ré, Mi da Sol, ambas produzidas para atrair o público infantil, acima de 2 anos. Ana Bolinha (2D) inicia agora. Em maio, é a vez de Dó, Ré, Mi da Sol ganhar vida. Produzida parte em 2D, parte em stop motion, a série trabalha a musicalização infantil.
Outra novidade é a produção de mais 16 episódios de “Os Carabão”, uma série divertida e desenhada para o público de 5 a 7 anos. A animação traz a história de Caldin, Farilicia, Espicho e Fusili: um grão de feijão, outro de arroz, o terceiro de farinha, e um macarrão, que vivem em um supermercado. Dez episódios da série infantil são veiculados atualmente no CineBrasil TV e a meta é completar 26 episódios para expandir a outros canais no Brasil e ingresso no exterior.
Para os projetos, o executivo se cerca de nomes como Teresa Cristina Rego (Que Monstro te Mordeu), Thiago Calçado (Pinóquio/Disney) e Reynaldo Marchesini (Sítio do Pica Pau Amarelo e Princesas do Mar). Em paralelo, correm as negociações para a captação de recurso para a primeira série adulta – Uns Brasileiros, baseada na obra ‘Mario Prata Entrevista uns Brasileiros’.
Cafundó Estúdio Criativo: player do mercado de propriedade intelectual no desenvolvimento de games e séries de animações 2D, 3D e Stop Motion. Para mais informações, acesse: Cafundó Estúdio Criativo.