O diretor Paul Verhoeven, responsável pela versão original do filme RoboCop (1987), deu uma entrevista onde fez diversas críticas ao remake dirigido pelo brasileiro José Padilha e lançado em 2014.
Para Verhoeven um dos maiores erros do novo longa foi o de se levar a sério demais.
“De alguma maneira, eles parecem pensar que a leveza de O Vingador do Futuro e Robocop originais são obstáculos. Então, eles pegam essas histórias um tanto absurdas e levam a sério demais. Acho isso um erro“, comentou o diretor.
“Especialmente Robocop, quando ele acorda, dão o mesmo cérebro a ele. Ele está horrivelmente ferido e amputado, o que é terrível e trágico desde o começo. Então não fizemos isso em Robocop. Seu cérebro se foi e ele tem apenas algumas vagas lembranças e tem que usar um computador para descobrir quem ele é. Creio que ao não ter um cérebro robótico, você faz o filme muito mais pesado e acho que isso não contribui de maneira alguma para o resultado final. Se torna algo mais bobo e absurdo, mas de uma maneira errada. Ambos os filmes precisaram de uma distância da sátira ou comédia para situá-los para o público. Fazendo-os sérios demais, sem humor, é um problema, não um progresso“, concluiu.
O novo RoboCop arrecadou mundialmente US$ 242 milhões para um orçamento de US$ 100 milhões e a Sony ainda estuda a possibilidade de produzir uma continuação.
Fonte: EW