Filme: Vingadores: Era de Ultron (Avengers: Age of Ultron)
Direção: Joss Whedon
Crítica Noobz: Ruan Sales
Sem pressa, a Marvel expande seu Universo a cada novo filme, seguindo uma cronologia pré-definida com o cuidado de conectar personagens e preparar um grande clímax para o qual diversas histórias paralelas convergem. A ideia ambiciosa é manter o público envolvido na saga das joias do infinito ainda por um bom tempo. O problema é que a expectativa crescente pelo sempre adiado ápice pode acabar ofuscando os desfechos individuais de cada filme. A não ser que o público entenda esse universo cinematográfico como uma série. Por esse ângulo, “Vingadores: A Era de Ultron” não seria um grand finale definitivo, mas sim um final de temporada. E que ótimo final de temporada!
Apesar das muitas referências a filmes anteriores, o enredo é fechado e se resolve em pouco mais de duas horas de projeção. O ponto de partida é uma missão residual – encontrar o cetro de Loki – após o que a equipe pretendia se separar, não sem uma festa de despedida. Já nas primeiras cenas vemos uma Feiticeira Escarlate ressentida e capaz de manipular mentes cruzar o caminho dos heróis. E esse é justamente o ponto fundamental da trama. A partir daí notamos que Tony Stark ainda carrega as cicatrizes psicológicas decorrentes da invasão alienígena no final da temporada passada. Thor e Capitão América têm a mente dividida entre o problema da vez e as missões de suas vidas. Hulk e Viúva Negra esboçam um romance e enfrentam o dilema “bater ou correr”, enquanto o Gavião Arqueiro se mostra o mais motivado do grupo, pronto a assumir seu protagonismo.
Já Nick Fury não tem muito a oferecer à equipe, e o espectador mais atento à série sabe bem o motivo. Dessa vez o supergrupo tem que se virar. Por sorte, recursos não faltam ao Homem de Ferro. Aliás, sobram. E o inteligente, dedicado, bem intencionado, mas inconsequente ricaço faz o diabo com esses recursos. Literalmente, ou quase.
O vilão Ultron é mesmo um diabo irônico que cita a Bíblia enquanto busca destruir a humanidade – cheio de sacadas, surpreende quem espera ver uma inteligência artificial carrancuda. Além da personalidade interessante, herdada de seu criador, ele tem uma supremacia “física” que torna sua ameaça mais concreta e, portanto, digna de atenção. O que não altera o fato de o filme não conseguir passar a impressão de que o mundo está realmente por um fio e de que o desenrolar dos acontecimentos pode culminar em grandes reviravoltas no Universo Marvel. Falta perspectiva de implicações, de consequências. E é esse justamente o ponto negativo da obra, compensado tranquilamente pelas doses extravagantes de ação, pelos ótimos diálogos, pelo carisma dos protagonistas e pela química entre eles. Sem contar a adição de novos bons personagens, como Mercúrio, a já citada Feiticeira Escarlate e o Visão.
Na verdade, o roteiro dá sinais de que é propositalmente contido. Ao invés de grandes acontecimentos e revelações, optou-se por uma história voltada para os personagens. Ao invés de definição de rumos, novas possibilidades. Agora há ainda mais caminhos possíveis, uns mais óbvios, outros pouco prováveis, inclusive em direção ao espaço. E isso é bom porque significa muita lenha pra queimar. Não se pode entregar tudo de uma vez mesmo. E nem é preciso quando se tem esses seis super-heróis no mesmo plano, lutando ombro a ombro. O filme acerta por ter consciência de si, de seu poder e de suas responsabilidades, por correr sem cansar e por deixar a certeza de que o melhor ainda está por chegar.
Por Ruan Sales
Dragon ball z sempre foi top!
Faz parte da minha infância! Adoro todas as sagas!
Boa. So me preocupa a questao de que a cada vez mais precisam de mais heróis para derrotarem um inimigo apenas. Antes, um herói derrotava varios inimigos, enfim, efeitos especiais devem ser fenomenais, contudo, penso que há uma inversao de valores
ainda não vi mais maioria dos criticos chatos não gostaram mais os sites mais nerds e canais nerd falaram que é foda o filme